27 de setembro de 2013

Escolas do Rio terão curso de capacitação em rádio

Aula inaugural acontecerá neste sábado em dois colégios do Rio e um de Niterói



No curso os alunos debatem temas socioambientais e
aprendem técnicas radiofônicas (Foto: Eduardo Peralta)
Mais três novos pólos no do Rio de Janeiro serão contemplados com o curso de radiodifusão do programa Nas Ondas do Ambiente, da Superintendência de Educação Ambiental da Secretaria do Estado do Ambiente. As aulas acontecerão a partir deste sábado, 28 de setembro, das 8h às 17h, nos colégios estaduais Gomes Freire de Andrade, na Penha, André Maurois, no Leblon, e Liceu Nilo Peçanha, em Niterói. Esses colégios servirão como sede do polo, que reunirá alunos de outros colégios da região. As aulas continuarão nos dias 05, 19 e 26 de outubro, 09, 23 e 30 de novembro e 07 e 14 de dezembro. 

“A nossa ideia é inspirar, capacitar e mobilizar”, explica a superintendente da SEA Lara Moutinho da Costa, dizendo que as rádios comunitárias funcionam cada vez mais como instrumento de pressão popular para interferência no poder público. Executado em parceria com a Uerj e com recursos do Fundo Estadual de Conservação e Desenvolvimento Urbano,  o Nas Ondas do Ambiente é o primeiro programa de política pública de educomunicação socioambiental do Rio de Janeiro. 

O programa teve início em 2007, ainda como projeto-piloto chamado Rádio@Escola.com, para atender as escolas da rede pública estadual que tinham recebido equipamentos de rádio doados pelo Programa de Melhoria e Extensão do Ensino Médio (Promed), do Ministério da Educação. Nos dois anos seguintes, o Rádio@Escola.com atuou em 74 unidades, de 26 municípios. Dos 450 alunos inscritos no curso de capacitação em técnicas radiofônicas, 326 foram certificados. 

Em 2010, foram 82 escolas inscritas em 64 cidades e 444 alunos certificados. Já em 2011, o componente esteve presente em 16 municípios, sendo 11 da Região Serrana, quatro na região da Baía da Ilha Grande e a capital fluminense. No ano passado, foram atendidas 24 escolas nos municípios do Rio de Janeiro e Niterói, num total de 150 cursistas.

O público alvo é formado por professores e estudantes do 1º e 2º anos do Ensino Médio da rede pública estadual, jovens do programa do Departamento Geral de Ações Socioeducativas (Degase), lideranças locais e universitários.

Além de frequentarem aulas de educação ambiental, os participantes passam por um curso de capacitação em técnicas radiofônicas com duração de 40 horas. Nos encontros, eles absorvem os conteúdos de radiojornalismo, como história do rádio, texto, técnicas de reportagem e de entrevista, e locução. Depois disso, são dadas aulas de acompanhamento durante um sábado por mês.

Com o conhecimento adquirido, os cursistas passam a produzir, pelo menos, dois programas por semana, cada um com cerca de dez minutos. Esses programas são veiculados nas escolas durante a hora do recreio, no site da SEA e nas mídias sociais do Nas Ondas do Ambiente.

SERVIÇO:

Data: 28/09/2013 (sábado)

Polo Leblon
Local: C.E André Maurois
Endereço: Av. Visconde de Albuquerue, 1.325, Leblon

Polo Niterói
Local: C.E. Liceu Nilo Peçanha 
Endereço: Av. Amaral Peixoto, 707, Centro, Niterói

Polo Penha
Local: C.E. Gomes Freire de Andrade
Endereço: Rua Sâo Mauricio, 87 – Penha

26 de setembro de 2013

Elos da Diversidade se reúne com o Conselho de Guardiões do Sagrado e da Natureza

Encontro definiu estrutura de organização do Espaço Sagrado da Curva do S

Integrantes do Conselho decidem com a equipe Secretaria,
como organizar o Espaço Sagrado da Curva do S
Bárbara Cruz - O segundo encontro do Conselho de Guardiões do Sagrado e da Natureza, - composto por lideranças religiosas do candomblé e umbanda, -  foi realizado no dia 19 de setembro, no terreiro Ile Omo Oya Legi, da Ialorixá Palmira de Iansã, no município de Mesquita, do Rio de Janeiro. A reunião foi para discutir sobre o mapa do Espaço Sagrado da Curva do S, apresentado pela superintendente de educação ambiental, Lara Moutinho e o assessor técnico religioso do Elos da Diversidade, Ladislau Lyra.



anfitriã, Mãe Palmira, iniciou o encontro relembrando a dificuldade dos nossos antepassados para manter o culto do Candomblé, ela afirmou ainda, que a luta pelos direitos da comunidade, independentemente, da religião, deve funcionar como uma espécie de herança a ser passada de geração em geração. Citou também a ignorância como um dos motivos de crimes de intolerância religiosa, devido à falta de conhecimento das pessoas em relação à cultura e história do nosso povo. “Este espaço é um grande exemplo de conquista, aqui poderemos praticar nossos cultos livremente o que ajudará a impulsionar a liberdade religiosa”, refletiu.

Em seguida, Lara Moutinho e Ladislau Lyra apresentaram aos Guardiões, o mapa do Espaço Sagrado da Curva  S, onde será construído, no Alto da Boa Vista, e juntos, definiram a estrutura organizacional do lugar em que servirá para praticas religiosas .

Para evidenciar a presença da religião, logo na entrada haverá um Xaxará - símbolo sagrado do orixá Omolú,  um feixe de ramos de palmeira enfeitado com búzios, - de sete metros, e será criado um local para práticas da Umbanda, atividades infantis, culturais, administrativas, e um espaço exclusivo para os orixás e seus berços, representados pelas plantas, folhas e ervas que caracterizam cada um deles. O próximo encontro acontecerá em outubro.

Campanha contra a dengue movimentará o Batan

As ações vão desde palestras e oficinas preventivas e apresentações culturais a vistorias pelos agentes ambientais em possíveis locais com o foco do mosquito 


No dia 27 de setembro, próxima sexta-feira, promete muito agito na Comunidade do Batan, em Realengo, Rio de Janeiro. É que o Programa Ambiente em Ação, da Superintendência de Educação Ambiental da Secretaria do Estado do Ambiente (Seam/SEA) promoverá, junto a diversos parceiros, a campanha 10 Minutos Contra a Dengue, com oficinas, palestras e espetáculos artísticos, das 10 às 14 horas.

O evento começa com a apresentação do grupo de dança Jovens de Periferia, no Largo do Chuveirinho. Depois, agentes de vigilância ambiental em saúde visitarão imóveis no local para vistoriar e identificar focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da febre amarela e da dengue.

Estão previstas ainda apresentações de teatro de fantoche e de esquetes teatrais sobre prevenção de doenças sexualmente transmissíveis. Em seguida, os moradores poderão conhecer o mosquito da dengue em laboratório e receberão material educativo sobre o controle do inseto e a prevenção da doença.

Uma equipe da Clínica de Família Antônio Gonçalves da Silva, que fica na Avenida Brasil, em frente à entrada do Batan, falará sobre saúde bucal e haverá uma mobilização para cobertura das caixas d'água com capas plásticas.

Crianças e jovens também poderão participar de oficinas de citronela  e reprodução de mudas - usada para produzir repelente natural, - oferecidas pelo projeto Comunidades Verdes. E estão previstas apresentações do grupo de capoeira Estrela Azul e do projeto Charme Favela da Agência de Redes para Juventude.

A comunidade do Batan tem mais de 52 mil moradores e é uma porta de entrada para a Grande Zona Oeste no Rio de Janeiro. Desde 2009, conta com uma UPP - Unidade de Polícia Pacificadora, a terceira a ser instalada no Rio de Janeiro.

25 de setembro de 2013

Carta Elos de Cidadania - A Escola Pública Ambiental

A coordenação do Programa convida os leitores a acessarem o texto-base da carta e contribuírem para sua construção final


Prezados (as),

A Escola Pública na Gestão Ambiental é um manifesto coletivo de educadores do Estado do Rio de Janeiro, pelo fortalecimento da escola pública e pelo seu protagonismo na gestão ambiental, do território em que está inserida. É a comunidade escolar reivindicando espaço para participar das decisões que afetam o território.

O texto-base da Carta foi formulado no âmbito do Programa Elos de Cidadania e foi debatido no Fórum Elos de Cidadania: A escola na gestão ambiental pública, realizado na Uerj, no dia 13 de setembro, com a participação de cerca de 200 pessoas.

Agora você pode acessar o texto-base em http://cartaelos.wordpress.com/

Durante o fórum, constituíram-se Grupos de Trabalho (GTs), para debaterem o texto-base e apresentarem propostas de alteração e inclusão. Estas propostas estarão em breve disponíveis no site.

Nosso objetivo é incentivar o debate coletivo sobre o conteúdo do texto-base. Portanto, a Carta está em processo de consolidação.

Contribuições poderão ser enviadas para cartaelos@elosdecidadania.com.br.

 

Em breve, contribuições ao texto da Carta também poderão ser postadas no site.

Participe e ajude a divulgar esta iniciativa!


A Coordenação Elos de Cidadania



23 de setembro de 2013

Cidadania participativa na Baixada Fluminense

Aberta nova turma do curso de Formação de Monitores Socioambientais promovido pelo programa Mãos à Obra da Superintendência de Educação Ambiental da Secretaria do Estado do Ambiente 

Lara Moutinho: "população e Estado podem, juntos,
enfrentar problemas socioambientais"
Cerca de 150 moradores da Baixada Fluminense estiveram na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), no sábado (14/08), para participar da abertura do Curso de Formação de Monitores Socioambientais para a Baixada Fluminense, promovido pelo programa Mãos à Obra, da Superintendência de Educação Ambiental da Secretaria do Estado do Ambiente (Seam/SEA). O objetivo do curso e do programa é promover o fortalecimento do poder local e a gestão participativa do território.

Como destacou a Superintendente de Educação Ambiental, Lara Moutinho, “a população está pouco acostumada a participar da vida pública”. Por isso, o programa Mãos à Obra apoia a organização de grupos sociais, esperando que população e Estado possam juntos enfrentar os problemas socioambientais. A Superintendente explicou ainda que a questão ambiental não está dissociada do conceito de cidadania e que, assim, o curso abordaria direitos humanos e temas como homofobia, racismo, intolerância religiosa.

Também presente na abertura do evento, o secretário Carlos Minc destacou a importância da educação, da conscientização e da participação popular na construção de uma sociedade mais justa e democrática.

“Precisamos mudar conceitos reacionários, individualistas e discriminadores. Não teremos um País mais livre, com menos corrupção, com mais atendimento às questões essenciais, se as pessoas não estiverem informadas”, declarou Minc.

Coordenador do programa Mãos à Obra, Marcelo Arantes, comentou que a Baixada Fluminense reúne várias comunidades em vulnerabilidade e que os problemas vão desde os preconceitos contra a população LGBT aos riscos e conflitos enfrentados pelas populações ribeirinhas.

“A degradação da natureza é acompanhada pela degradação humana. Nós procuramos atuar de maneira ampla, concebendo o ambiente como algo que abrange também o aspecto social”, explicou Marcelo dizendo que o programa tem conseguido aliar forças  e aumentar a cidadania participativa nas regiões em que está presente.

Mais de 170 monitores socioambientais do Mãos à Obra trabalham em municípios da Baixada Fluminense, em São Gonçalo e na região serrana do Rio. Atualmente, o programa está sendo estendido à Região dos Lagos.

Um sábado de conscientização

Alunos do projeto Campanhas, do programa Ambiente em Ação, participam de limpeza nas areias de Copacabana



Por Bárbara Cruz

O Dia de Limpeza de Litorais – Clean Up The World, é comemorado mundialmente no terceiro sábado do mês de setembro. No Brasil, essa ação acontece há 11 anos e conta participação de crianças de diferentes escolas e comunidades, que recolhem o lixo deixado na praia. No final da atividade, a Comlurb busca os resíduos e os encaminham para a seleção, na qual é determinada a possibilidade de reciclagem.

Durante toda a manhã, alunos do programa Ambiete em Ação
recolheram resíduos deixados por banhistas nas areias da praia
Um mutirão de limpeza foi organizado, no último dia 21, na praia de Copacabana, em comemoração a esse dia. Educadores e monitores socioambientais, do eixo Campanhas, do Programa Ambiente em Ação, estavam presentes auxiliando vinte brigadistas mirins, da comunidade do Tabajara. Utilizando luvas e sacos plásticos biodegradáveis, as crianças retiraram micro lixos, como guimbas de cigarro, tampas de garrafas, canudos, sapatos, roupas, inclusive um tapete. No total foram retirados 480 kg de lixo da praia.

O secretário Carlos Minc estava presente e ressaltou a participação, desde 2007, da Secretaria Estadual do Ambiente na atividade. Falou sobre o aumento do número de escolas na ação, da diminuição da quantidade de lixo nas praias e de um novo projeto. “O coco deixado na praia, ainda é um problema existente que estamos tentando solucionar. Estamos com um projeto novo, que é a fábrica em Caxias, que recicla o coco para produzir xaxim e aproveita sua fibra, utilizando-a nos estofos dos assentos dos automóveis”, explica Minc.

A superintendente da educação ambiental, Lara Moutinho, mencionou a importância dessas datas para sensibilizar a população, os setores público e privado sobre a responsabilidade de cada um pelos resíduos gerados, seja através do consumo, seja pela produção ou mesmo a omissão de se ter uma coleta regular. “É interessante envolvermos toda sociedade para tentarmos diminuir os impactos dos lixos que ficam no ambiente, assim como as universidades contribuem com as pesquisas e coleta de dados, cabem também as empresas destinar recursos para campanhas públicas de mobilização ambiental uma vez que elas são as grandes produtoras de resíduos”, dispara.

Ainda segundo a superintendente, é preciso observar do ponto de vista critico a poluição marinha, os resíduos nucelares, metais pesados, hospitalares, tóxicos e químicos jogados no mar pelas industrias, navios e também pela população é enorme. “Não podemos dizer que é o homem quem polui o mar, sem caracterizar que homem é esse, e que atividade econômica esta ligada a esse homem”, alerta Lara.

Dia da árvore na comunidade Pavão - Pavãozinho

Alunos do Programa Ambiente em Ação plantam mudas e realizam
 limpeza na horta da escola 


Por Barbara Cruz

O núcleo Campanhas, do Programa Ambiente em Ação, promoveu no último dia 20, atividades na Escola Solar Meninos de Luz, na comunidade do Pavão- pavãozinho, Zona Sul do Rio, em comemoração ao dia da árvore. De acordo com um dos coordenadores, Mauricio Vasques, que participou de todo o evento, esse eixo do programa busca colocar a escola como protagonista do ambiente, para que seja possível estimular uma postura crítica dos alunos nas questões relacionadas ao dia a dia de cada um deles.

No período da manhã, cinquenta crianças realizaram o plantio de goiabeira e aroeira na horta da escola. Em seguida, munidos de luvas e sacos de lixo, realizaram um mutirão de limpeza no mesmo local. Enquanto alguns alunos tiveram que retornar para sala de aula, outros continuaram participando da celebração do dia da árvore, que é comemorado oficialmente no dia 21 de setembro.

Quinze alunos acompanhados por agentes socioambientais da secretaria de educação ambiental (Seam/SEA) e por integrantes do Projeto Favela Mais Limpa, foram ao topo da comunidade e fizeram o plantio de cinco árvores: guapuruvu, pau ferro, goiabeira, ipê roxo e angico vermelho.

Já no período da tarde, Milena Alves, agrônoma e técnica florestal do Inea, realizou um seminário no auditório da escola, cujo tema foi a Conservação da Mata Atlântica. A atividade contou com a presença de sessenta alunos e foram abordados assuntos como as características das árvores (caule, folhas e suas funções) e a importância da mesma na qualidade de vida das pessoas; informações gerais sobre a situação atual da Mata Atlântica e estratégias de preservação e reflorestamento; e as etapas da produção de mudas.

19 de setembro de 2013

Geografia e história da Baixada

Segundo dia do Curso de Formação de Monitores Socioambientais da Baixada Fluminense

terá palestras com especialistas

No próximo sábado, 21/09, o programa Mãos à Obra oferece duas importantes palestras aos alunos do Curso de Formação de Monitores Socioambientais da Baixada Fluminense. O geógrafo e professor da UFRJ, Otávio Rocha Leão explicará a Geomorfologia da Região; e o professor Paulo Pedro da Silva, Diretor do Museu Vivo de São Bento, em Duque de Caxias, apresentará a História e memória da Baixada Fluminense. A aula terá início às 9 horas, no auditório da Uerj. O curso se estenderá por dez semanas, com um total de 116 horas, sendo 76 horas de aulas práticas.

PROGRAMAÇÃO: 

9H – 10H30 - Palestra do Prof. Otávio R. Leão - Geomorfologia da região da Baixada Fluminense

10H30 – 10H45  – Coffee break

10H45 – 12H – Apresentação da proposta do curso pelo prof. Marcelo Arantes e prof. Helena Araújo

12H -13H  -  ALMOÇO

13H – 14H30 – Palestra do Prof. Paulo Pedro da Silva - História e memória da Baixada Fluminense

14H30 -  14H45 -  Coffee break

14H45 -  16H – Palestra Prof. Ana Santiago (Uerj) – Crise ambiental século XXI


18 de setembro de 2013

Mutirão em Copacabana no Dia Mundial da Limpeza

Secretaria de Estado do Ambiente mobiliza comunidades para limpar a Praia de Copacabana
No próximo sábado, 21/09, em comemoração ao Dia Mundial da Limpeza, a Superintendência de Educação Ambiental da Secretaria de Estado do Ambiente (Seam/SEA) promove um grande mutirão para coleta de lixo nas areias da Praia de Copacabana. Técnicos em educação ambiental da SEA coordenarão o trabalho junto a jovens de comunidades do bairro. Com luvas e sacolas, eles farão a coleta divididos em grupos. Ao final, fazem a análise e pesagem do lixo. A ação terá início às 10 horas em frente à rua Santa Clara, no Posto 4, e seguirá até o hotel Copacabana Palace, com previsão de término para as 13 horas.

O Dia Mundial da Limpeza é comemorado há 11 anos em 125 países, chegando a mobilizar 35 milhões de pessoas.

13 de setembro de 2013

A escola e a gestão ambiental

Fórum Elos de Cidadania: envolvimento da comunidade
escolar em prol da qualidade ambiental
Como a escola pode atuar em defesa da qualidade ambiental do território em que está inserida? Uma resposta objetiva para esta questão é o que pretende o I Fórum Elos de Cidadania: a Escola na Gestão Ambiental Pública, evento que ocorre nessa sexta-feira, dia 13 de setembro, na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).  “A escola pode e deve ser protagonista no controle social, mas é preciso que sejam definidas as bases para isso. No Fórum vamos tentar um consenso sobre o compromisso que a comunidade escolar pode assumir e o que será reivindicado para que ela exerça esse papel social de cuidar do ambiente”, explica Fabio Leite, Coordenador do Eixo Formal dos Programas da Superintendência de Educação Ambiental da Secretaria de Estado do Ambiente (Seam/SEA).

O Fórum é promovido pelo programa Elos da Cidadania, criado pela Seam em 2007, com o objetivo debater a temática socioambiental no ambiente escolar e estimular o diálogo dessas instituições com as comunidades vizinhas. Através do programa, as escolas fazem diagnósticos socioambientais das comunidades a que pertencem e buscam soluções coletivas para os problemas identificados.

“O Elos de Cidadania é pioneiro em propor a participação da escola na gestão ambiental do território. Não basta, no entanto, dizermos que a escola deve participar, se não houver política pública de educação que viabilize essa participação. Nós enfrentamos um processo de precarização da escola pública que não permite esses avanços”, completa Leite.

O coordenador diz ainda que o programa objetiva a formação de sujeitos sociais críticos e participativos na construção de uma sociedade responsável pela qualidade do ambiente em que vive. Além da diversidade e do equilíbrio ambiental, são preconizadas a democracia, a equidade social, a justiça, a autonomia e a emancipação dos sujeitos.

Como resultado do Fórum, será elaborada a “Carta do Rio de Janeiro: A Escola na Gestão Ambiental Pública”, um manifesto coletivo pelo fortalecimento da instituição escolar na gestão ambiental pública. O documento será apresentado na IV Conferência Estadual do Meio Ambiente do Rio de Janeiro (Cemarj), que ocorrerá de 13 a 15 de setembro também na UERJ. 


10 de setembro de 2013

Secretaria do Ambiente e Uerj organizam fórum para discutir o papel da escola na gestão ambiental pública

A importância da comunidade escolar na gestão 
ambiental será um dos temas debatidos 
no Fórum Elos de Cidadania (foto: Larissa Amorim)
Promover a discussão sobre os limites e possibilidades de atuação da comunidade escolar na gestão ambiental do território onde está inserida. Este é o principal objetivo do Fórum Elos de Cidadania: a Escola na Gestão Ambiental Pública, que será realizado na próxima sexta (13/09), na Uerj. Promovido pelo programa de educação ambiental Elos de Cidadania, da Secretaria estadual do Ambiente (SEA), o evento reunirá mobilizadores escolares do programa e professores da rede pública federal, estadual e municipal. 
Criado em 2007, o Elos de Cidadania é executado pela Superintendência de Educação Ambiental da SEA em parceria com a Uerj, e conta com recursos do Fundo Estadual de Conservação Ambiental e Desenvolvimento Urbano (Fecam).

Segundo os organizadores, o fórum é preparatório para a quarta edição da Conferência Estadual do Meio Ambiente do Rio de Janeiro (Cemarj), que também acontecerá na Uerj, de 13 a 15/09. As discussões considerarão os problemas e conflitos socioambientais identificados nos diagnósticos participativos elaborados durante o curso desenvolvido nas escolas atendidas pelo Elos de Cidadania. 

A partir daí, pretende-se definir uma agenda de compromissos com definição de prioridades, a ser sistematizada na “Carta do Rio de Janeiro: A Escola na Gestão Ambiental Pública”, um manifesto coletivo de educadoras e educadores pelo fortalecimento da instituição escolar enquanto sujeito ativo na gestão ambiental pública. A carta será apresentada durante a Cemarj. 

Serão abertas 250 vagas. A programação completa e as fichas de inscrição estão disponíveis no endereço http://elosformacao.wordpress.com. 

Local:
UERJ - Rua São Francisco Xavier, 524, Bloco F, auditório 111 – 11º andar - Maracanã

Outras informações: 
Secretaria do Programa Elos de Cidadania - e-mail: secretaria.elos@gmail.com



8 de setembro de 2013

Um mundo com mais justiça e consciência

Nussbaum: a intolerância religiosa
ameaça as sociedades democráticas
“O importante na vida de uma pessoa é que ela aceite o fato de que compartilha o mundo com outras e que, assim, empreenda ações visando o bem das outras pessoas”. Autora do livro A nova intolerância religiosa, a filósofa americana Martha Nussbaum identifica duas premissas que incitam a intolerância e o desrespeito religiosos. 


A primeira é a de “a nossa religião é a única verdadeira, ao passo que todas as outras são falsas ou moralmente incorretas”. Nussbaum destaca que os que pensam assim “podem admitir que os outros mereçam respeito pelas crenças que adotam, na medida em que não prejudiquem ninguém”. 


A segunda, para ela “bem mais perigosa”, é a de que o Estado e os cidadãos deveriam obrigar os dissidentes a aderir à abordagem religiosa considerada “correta”. “Essa é uma ideia que vem se difundindo até mesmo em democracias modernas. O ressurgimento desse tipo de pensamento constitui uma grave ameaça às sociedades que se baseiam em princípios de liberdade e igualdade”.


Em seu livro, Martha fala do preconceito contra islamitas nos Estados Unidos, menciona o massacre de muçulmanos na Índia por hinduístas apoiados por funcionários públicos e pela polícia, e comenta também a relutância da França em tolerar símbolos religiosos nas escolas.

Mãe Fátima Damas: novas gerações
mais conscientes de seus direitos
No Brasil, há mais de dez anos a intolerância religiosa vem sendo debatida e contestada por diferentes segmentos da sociedade civil, tendo sido constituída, em 2008, a Comissão de Combate à Intolerância Religiosa (CCIR). Fundadora da CCIR, Fátima Damas diz que é preciso formar no País uma nova cultura de respeito às diferenças e dos direitos das pessoas. “O trabalho da comissão é fazer com que as novas gerações cresçam num mundo com mais justiça e consciência”, afirma.


Uma das iniciativas da CCIR é a Caminhada pela Liberdade Religiosa, que terá sua sexta edição no próximo domingo (08/09), a partir das 11 horas, na orla de Copacabana. 


A Superintendência de Educação Ambiental da Secretaria de Estado do Ambiente (Seam/SEA) participará da caminhada através do programa Ambiente em Ação.

6 de setembro de 2013

Em defesa das culturas tradicionais

Líder afro-religiosos diz que a intolerância vai além da religião e convoca os povos de terreiro a caminhar no próximo domingo em defesa da cidadania


líder afro-religioso Aderbal 
Ashogun defende a  manutenção 
da diversidade religiosa
“As duas maiores riquezas que o Brasil tem são a diversidade de seu bioma e a diversidade cultural. No entanto, elas não têm sido respeitadas. As culturas tradicionais são suprimidas por um modelo de cultura que é pasteurizante”. O alerta é de Aderbal Ashogun, consultor do núcleo Elos da Diversidade, do programa Ambiente em Ação, iniciativa da Superintendência de Educação Ambiental da Secretaria de Estado do Ambiente (Seam/SEA), executada em parceria com a Uerj e com recursos do Fundo Estadual de Conservação Ambiental e Desenvolvimento Urbano (Fecam).

Segundo ele, os povos de terreiro lutam não só pelo direito ao culto religioso, “que é permanentemente cerceado”, como pela “manutenção dos saberes e fazeres tradicionais”. 

Coordenador da Rede Nacional de Cultura Ambiental Afro-Brasileira e de várias outras organizações sociais, Aderbal reclama que a Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais (instituída pelo Decreto 6040, de 2007) não é aplicada pelo Estado. 

De acordo com o artigo 3 da Política, os territórios tradicionais são espaços necessários à reprodução cultural, social e econômica dos povos e comunidades tradicionais, sejam eles utilizados de forma permanente ou temporária. “O que requeremos é justamente o espaço de manutenção e preservação das nossas tradições, de práticas que trouxeram a humanidade até aqui, até os dias de hoje”, diz Aderbal. 

Sobre a Caminhada pela Liberdade Religiosa, que ocupará a Orla de Copacabana no próximo domingo (08/09), Aderbal conclama: “O movimento de rua vem continuar uma luta das culturas tradicionais de mais de 500 anos. É importante que todos participem”. 


Painéis solares vão gerar energia no campus da UFRJ da Ilha do Fundão

Composto por renúncia fiscal do Governo do Estado da ordem de R$ 7 milhões anuais, Fundo Verde financia projetos sustentáveis em universidade de ponta no país

Ascom SEA 
Por Sandra Hoffmann


O secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc,
apresentou os primeiros projetos que serão
financiados pelo Fundo Verde da Universidade
Federal do Rio de Janeiro


O secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, apresentou hoje (3/9) os primeiros projetos que serão financiados pelo Fundo Verde da Universidade Federal do Rio de Janeiro: a instalação de painéis solares ao longo do estacionamento do campus da Ilha do Fundão e no teto do Instituto de Pediatria da UFRJ. Criado por decreto estadual (43.903/2012), em outubro de 2012, o Fundo Verde é uma experiência pioneira no país – a conversão de imposto em projetos sustentáveis no campus de uma universidade de ponta – e conta com R$ 7 milhões anuais para investimentos ecológicos na UFRJ.


Anunciada ano passado, após a Rio+20, a aprovação do Fundo Verde foi uma vitória das secretarias estaduais do Ambiente, de Fazenda e de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços.
Para aprovar e administrar os projetos, foi criado um conselho-gestor do Fundo Verde, formado por representantes da UFRJ, do Governo do Estado, da Light Serviços de Eletricidade S.A. e da comunidade tecnológica. 

O secretário Carlos Minc lembrou que os recursos que compõem o fundo são oriundos de renúncia fiscal do Governo do Estado, que abriu mão de receber o ICMS da conta de luz da UFRJ. “Muitas vezes, as universidades têm verba para pesquisa, mas dispõem de poucos recursos para sua aplicação prática. Então, muitas boas ideias acabam nas gavetas, e o Fundo Verde vêm para ajudar a viabilizá-las financeiramente. Hoje, estamos apresentando os primeiros projetos que serão financiados pelo Fundo Verde”, acrescentou, ao lado da subsecretária de Economia Verde, Suzana Kahn, e do vice-diretor da Coppe/UFRJ e conselheiro do Fundo Verde, professor Edson Hirokazu Watanabe.

No estacionamento do Campus da UFRJ, serão instalados cinco painéis solares em áreas de, aproximadamente, 20 metros quadrados, que serão conectadas à rede da Light, de forma a injetar a energia gerada na rede elétrica para diminuir o consumo da energia tradicional, tornando a universidade geradora de energia de cerca de 100 quilowatts, inicialmente. E mais: num local carente de árvores, os grandes painéis solares retangulares foram projetados de forma a fazer sombra para os veículos que estacionaram embaixo, funcionando como “árvores”.

Minc também detalhou os outros projetos que serão financiados pelo Fundo Verde: “Além do estacionamento, serão instalados painéis solares no teto do Instituto de Pediatria da UFRJ, sendo que uma parte vai gerar energia e a outra será destinada ao aquecimento da água usada no hospital. O terceiro é um sistema de controle da conta de água e de luz, que permitirá reduzir as contas em 1/3, e o outro é voltado para a mobilidade: implantação de uma linha cujo trecho será percorrido por um trem em levitação entre a Engenharia e o Hospital Universitário”, explicou.

O professor Watanabe explicou que os painéis solares a serem instalados no estacionamento também têm o propósito de dar mais visibilidade a essa fonte de energia renovável: “Ao dar visibilidade a estas ‘árvores’ solares, queremos conscientizar as pessoas da necessidade de se reduzir a geração de gases-estufa e do quanto a energia solar pode ser importante nesse processo. A nossa expectativa é de que as placas solares comecem a ser instalada no início do ano que vem”, disse.

5 de setembro de 2013

Caminhada em defesa da liberdade religiosa deve reunir 300 mil

Trezentos mil participantes são esperados pelos organizadores da 6ª Caminhada pela Liberdade Religiosa, neste domingo (08/09), na orla de Copacabana. Além das religiões de matriz afro-brasileira, o evento contará com grupos de ciganos, hare krishnas, muçulmanos, católicos, evangélicos, ateus, agnósticos, entre outros, de modo a reforçar o caráter democrático da manifestação. Promovida pela Comissão de Combate à Intolerância Religiosa, a Caminhada reuniu mais de 200 mil pessoas no ano passado.

A Superintendência de Educação Ambiental da Secretaria de Estado do Ambiente (Seam/SEA) participa do evento com uma ala do Elos da Diversidade, componente do programa Ambiente em Ação. Entre outras iniciativas, o programa defende a criação de espaços sagrados em áreas protegidas para a preservação dos recursos naturais e das práticas culturais a eles associados. Um desses espaços é o da Curva do S, no Alto da Boa Vista. A proposta da SEA é regulamentar uma área, em meio à Floresta da Tijuca, dedicada a práticas de rituais de religiões afro-brasileiras que preservem a natureza. O Espaço Sagrado da Curva do S, no Alto da Boa Vista, contará com coletores e central de tratamento de resíduos.

105 anos de luta contra a discriminação

Umbandistas defendem a liberdade religiosa em caminhada neste domingo

A líder religiosa, Mãe Fátima: uma
das idealizadoras da Caminhada 

“A Umbanda nasceu da discriminação e há 105 anos nós lutamos contra ela”, diz Fátima Dantas, presidente da Congregação Espírita Umbandista do Brasil (CEUB). Mãe Fátima conta que, no início do século XX, os espíritos de pretos  velhos e de caboclos que se manifestavam nos centros cardecistas eram convidados a se retirar, por serem considerados espíritos inferiores. “Até que, em novembro de 1908, o médium Zélio Fernandino de Moraes, então com 17 anos, recebeu o Caboclo Sete Encruzilhadas, que se recusou a ir embora e fundou a Umbanda”, explica.

Segundo Mãe Fátima, assim como o Candomblé, a Umbanda é das religiões que mais sofre com o preconceito e a intolerância. “Nos anos 30, a própria polícia invadia os terreiros e destruía tudo. Depois, passamos a ser vítimas das milícias e do tráfico, associados a grupos religiosos intolerantes”.

Foram ataques a terreiros no Rio de Janeiro que motivaram a criação da Comissão Contra a Intolerância Religiosa, em 2008. Desde aquele ano, a CCRI promove a Caminhada pela Liberdade Religiosa, que, no próximo domingo (08/09) terá sua sexta edição. O evento ocupará a orla de Copacabana, a partir das 10 horas.

“Precisamos da presença de todos para defender o respeito às mais diversas religiões”, conclama Mãe Fátima.




2 de setembro de 2013

Elos da Diversidade participará da Caminhada pela Liberdade Religiosa na Orla de Copacabana

Programa de educação ambiental da Secretaria estadual do Ambiente caminhará com ala formada por ambientalistas e lideranças religiosas 

Quinta edição da Caminhada pela Liberdade Religiosa:
Elos da Diversidade distribuiu folhetos educativos
(foto: Larissa Amorim)
No próximo domingo (08/09), acontece a sexta edição da Caminhada em Defesa da Liberdade Religiosa, na Orla de Copacabana, Zona Sul do Rio de Janeiro. Promovido pela Comissão de Combate à Intolerância Religiosa (CCIR), o evento terá início às 11 horas, com concentração no Posto 6, e percorrerá a orla até o Leme.

O programa Ambiente em Ação e seu componente Elos da Diversidade, iniciativa da Superintendência de Educação Ambiental da Secretaria de Estado do Ambiente, participará com uma ala formada por ambientalistas e lideranças religiosas. 

Executado em parceria com a Uerj e com apoio de diversas instituições e lideranças de religiões afro-brasileiras, o Elos da Diversidade instrumentaliza ações socioeducativas em defesa da diversidade cultural e de resgate dos saberes tradicionais. Uma das propostas do programa é a criação de espaços sagrados em áreas protegidas, de modo a preservar tanto os recursos naturais quanto as práticas culturais a eles associados. O primeiro espaço sagrado já está em fase final de institucionalização e será criado na Curva do S da Floresta da Tijuca, na Zona Norte do Rio, tradicional área de uso dos povos e comunidades de terreiro

Caminhada pela liberdade

Em 2007, após uma seqüência de atos de violência contra grupos religiosos de matrizes africanas, foi organizado um protesto nas escadarias da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro. Pessoas de diferentes religiões, ateus e agnósticos participaram contestando a intolerância e a imposição das crenças hegemônicas. No ano seguinte, constituída a CCIR, organizou-se a primeira caminhada, que reuniu cerca de 20 mil pessoas. Na quinta edição, em 2012, a estimativa dos organizadores é que a caminhada teve público de mais de 200 mil pessoas. Mais informações sobre o CCIR em www.eutenhofe.org.br.