29 de novembro de 2012

Nas Ondas do Ambiente chega à Baixada Fluminense

Programa da Superintendência de Educação Ambiental ajuda comunidade de São João de Meriti a soltar a voz na rádio web Elos do Axé

Alunos engajados têm aulas de técnicas de produção radiofônica e de educação ambiental (foto: Marcos Maia)

Aline Macedo - Desde setembro deste ano, o programa “Nas Ondas do Ambiente” marca a sua presença na Baixada Fluminense, Região Metropolitana do Rio de Janeiro, para trabalhar conceitos de comunicação, cidadania e ambiente. O programa nasceu com o intuito de desenvolver rádios comunitárias dentro de escolas da rede pública de ensino, mas ultrapassou os muros e, hoje, sua atuação abrange diversos setores da sociedade. Com o desenvolvimento da rádio web Elos do Axé, em São João de Meriti, essa atuação chega agora aos povos de terreiro.

No terreiro Ilê Àsé Ala Koro Wo, os professores Alba Valéria, Ludi Um e Vitor Salles trabalham em conjunto para desenvolver as diversas habilidades necessárias para que a rádio continue no ar depois do término das aulas.

– A gente passa a capacitação técnica dentro de jornalismo, técnica de áudio e locução, que formam o tripé básico para a rádio funcionar – explicou Salles.

Além da capacitação técnica, o programa também aborda o conteúdo a ser veiculado pela rádio através de reuniões de pauta, nas quais os próprios alunos são convidados a pensar sobre quem é o seu público e o que ele quer ouvir. Assim, também são trabalhadas questões específicas de cada comunidade em torno da rádio que, no caso do Elos do Axé, envolvem a divulgação da cultura afro e de noções de liberdade de expressão e religiosa.

Os futuros radialistas estão bastante empolgados com as aulas. Para Gustavo Zorzan, 15 anos, com o programa ele tem conseguido vencer sua timidez e pensa até mesmo em buscar uma carreira como locutor. Já a aluna de terceira idade Aurelúcia da Silva prefere ficar nos bastidores e trabalhar na parte técnica. Para ela, a rádio é uma oportunidade de vencer o preconceito que os frequentadores das casas de santo muitas vezes sofrem.

Apesar de o Rio de Janeiro ser o estado com a maior proporção de seguidores das religiões de matrizes africanas (1,61%, segundo dados da FGV), a intolerância ainda faz parte do cotidiano dos povos de terreiro. Aluna do programa, Simone Lira da Silva, a iyalorixá do terreiro Ilê Àsé Ala Koro Wo  pretende usar a rádio Elos do Axé para irradiar o respeito.

– É uma forma de mostrarmos para o mundo que a visão limitada que se tem do candomblé não é verdadeira. Aqui temos cultura, lazer, falamos de saúde e de prevenção. É uma forma de desconstruir essa imagem que outras religiões têm da gente – afirmou Simone.

28 de novembro de 2012

Projeto Oxum Rio Ijexá 2012 premia personalidades

Prêmio Espelho D'Água é concedido para pessoas de destaque em diversas áreas 


A Superintendente de Educação Ambiental da Secretaria de Estado do Ambiente (SEA), Lara Moutinho, será uma das pessoas que receberá o “Prêmio Espelho D’Água”, concedido pelo Ilê Axé Funmilayó Omi  Dun, através do Projeto Oxum Rio Ijexá 2012. Esta premiação tem o objetivo de homenagear seis pessoas de destaque  nas  áreas da Saúde, Educação, Mídia, Religiosidade, Ambiente e Cultura.

Estado do Rio pode ganhar um Código Florestal

A intenção deste novo documento é suprir as lacunas deixadas pela legislação federal


Entre as lacunas estão as especificações referentes às áreas de proteção ambiental 
(Foto: Reprodução Internet) 
Victor Vicente - O Estado do Rio de Janeiro pode ganhar um Código Florestal. A Secretaria de Estado do Ambiente (SEA) e o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) vão formar um grupo de trabalho para elaborar uma proposta para este documento. A informação foi divulgada pelo subsecretário-executivo da Secretaria de Estado do Ambiente (SEA), Luiz Firmino, em uma palestra realizada, no dia 23 de novembro, na sede da secretaria, no Centro do Rio.
Segundo Firmino, os estudos vão levar em conta a posição do setor agrícola do Estado, através da Secretaria Estadual de Agricultura, além da Assembleia Legislativa, para obter um consenso sobre o tema. Ainda segundo o subsecretário, o principal objetivo do Código Florestal Fluminense será atender às peculiaridades do Estado do Rio de Janeiro, suprindo lacunas da legislação federal, como é o caso das especificações referentes a topo de morros como área de preservação permanente.
– Não se pode ignorar as novas correlações de forças na questão ambiental, como o maior peso dos ruralistas. É preciso uma negociação bem instrumentada para se ter capacidade de convencimento e assegurar uma posição de vanguarda para o Estado do Rio – disse Firmino.
Bolsa Verde
Do ponto de vista da gestão ambiental, a consolidação do Cadastro Ambiental Rural (CAR) foi classificada pelo subsecretário como fundamental, já que se trata de um instrumento que pode ser utilizado de várias formas pelos órgãos ambientais. No Rio de Janeiro, por exemplo, o cadastro poderá ser usado junto com a Bolsa Verde, que estabelece um mercado de créditos florestais que poderá ser utilizado para regularização das propriedades rurais nos termos do novo código federal.

23 de novembro de 2012

Secretaria do Ambiente reforça programa de coleta seletiva e lança selo verde para condomínios do Rio


Segundo secretário do Ambiente, apenas 5% dos condomínios cariocas separam adequadamente seus resíduos para a reciclagem e o reaproveitamento

 Carlos Minc apresenta programa de coleta seletiva em encontro de síndicos cariocas (Foto: Larissa Amorim)

Aline Macedo - Recente levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou que 42,7% das cidades do Brasil não têm nenhuma ação para separar material descartado. No Rio, a situação é ainda mais crítica. Segundo o secretário de estado do Ambiente, Carlos Minc, em palestra ministrada no 39° Encontro de Síndicos, apesar da população ser favorável à coleta seletiva, apenas 5% dos domicílios cariocas realizam a prática.

Durante o evento, promovido no dia 22 de novembro pela Associação Brasileira de Administradores de Imóveis (Abadi), o secretário lançou o selo verde e falou sobre o Pacto de Reciclagem, criado em 2010 em parceria com o Instituto Estadual do Ambiente (Inea). A iniciativa tem como objetivo mobilizar a população e aumentar a coleta seletiva e a reciclagem na capital do estado. 

Já o programa Coleta Seletiva Solidária atua em cinco linhas de ação diferentes e busca alcançar a população de forma abrangente. Para isso, oferece, inclusive, suporte técnico para síndicos que desejarem implantar a coleta seletiva em seus condomínios. 

Carlos Minc explicou que o programa faz a ponte entre os condomínios participantes e cooperativas de catadores. Assim, além de incentivar a sustentabilidade, também promove a geração de emprego e renda. 

Selo verde para condomínios

Para aqueles que quiserem dar um passo além, a SEA também tem um programa de apoio à coleta de óleo de cozinha, o Programa de Reaproveitamento de Óleos Vegetais (Prove). Para premiar os condomínios que aderirem a ambos, a SEA, em parceria com a Abadi e a Secovi-Rio, desenvolveu o selo verde.

– O selo verde é um estímulo, com o qual a secretaria apoia e ajuda a organizar a coleta. Dá um pouquinho de trabalho, mas depois vai dar uma grande satisfação, além de ser um avanço no sentido da sustentabilidade – comemorou o secretário. 


Cores da reciclagem 

Você certamente já viu os cestos de lixo nas cores azul, verde, vermelho e amarelo e sabe que eles são destinados ao descarte de materiais recicláveis. Mas ainda há outras cores para diferentes resíduos que devem ser reciclados. 


Em 2001, o Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) criou a resolução n° 275, que estabelece um código de cores para os diferentes tipos de resíduos a ser adotado na identificação de coletores e transportadores, bem como nas campanhas informativas para a coleta seletiva. São elas:

- Azul (papel/papelão); 
- Vermelho (plástico); 
- Verde (vidro); 
- Amarelo (metal); 
- Preta (madeira); 
- Laranja (resíduos perigosos); 
- Branco (resíduos ambulatoriais e de serviços de saúde); 
- Roxo (resíduos radioativos); 
- Marrom (resíduos orgânicos); 
- Cinza (resíduo geral não reciclável ou misturado, ou contaminado não passível de separação).


21 de novembro de 2012

Ambiente é tema de programa de rádio em escolas públicas

Objetivo é incentivar o uso de tecnologias da comunicação como instrumento de educação ambiental

Estudantes da rede pública recebem auxilio de professor de técnicas radiofônicas (Foto: Eloi Mattar)
Jade Curvello - Comprometimento e interesse. São esses os requisitos necessários para que os alunos participem do Programa Nas Ondas do Ambiente, componente Rádio@Escola, iniciativa da Superintendência de Educação Ambiental da Secretaria de Estado do Ambiente do Rio de Janeiro (SEA). O programa tem como objetivo disseminar informações de cunho ambiental para a escola e seu entorno por meio de um programa de rádio desenvolvido pelos próprios estudantes.

Realizado desde junho deste de 2012 no Colégio Estadual Raul Vidal, no Centro de Niterói, o Nas Ondas do Ambiente produz até dois programas de rádio por semana que vão ao ar durante a hora do recreio todas às terças e sextas-feiras. Os participantes têm contato com todas as etapas da produção radiofônica, indo desde a reunião de pauta, passando pela elaboração do roteiro, gravando e editando o programa, e finalmente executando-o para a escola inteira ouvir.

O estudante de 16 anos, do 1º ano do Ensino Médio, Douglas Vicente, conta que os programas radiofônicos são desenvolvidos após um trabalho de pesquisa sobre o assunto ambiental em questão.

– Buscamos as pautas através de dicas dos professores ou realizando pesquisas sobre o tema. Nosso objetivo é disseminar informações relativas ao meio ambiente da região e seu entorno, já que muitos alunos da escola moram em municípios vizinhos, como Maricá e São Gonçalo –, explica Douglas.

Os participantes do Nas Ondas do Ambiente contam com ajuda constante de uma equipe composta por profissionais especializados em técnicas de áudio, radiofônicas (jornalismo), apoio operacional e meio ambiente. O professor de técnicas radiofônicas (jornalismo), Vitor Salles, avalia positivamente a receptividade dos alunos da escola.

– A receptividade foi muito boa. Além dos alunos diretamente ligados ao Programa, nossa intenção é que os conhecimentos adquiridos aqui sejam repassados para o restante dos alunos do colégio, assim conseguiremos uma renovação da equipe –, disse Vitor.

O aluno Caliel Pacheco, de 17 anos, tenta repassar para seus amigos o quão interessante é participar do desenvolvimento de um programa de rádio com temática ambiental.

– Muitos dos meus amigos se interessam em saber como o programa é produzido, eles tem acesso ao estúdio e conhecem o processo, mas muitos deles tem vergonha em gravar –, afirmou Caliel.

Segundo os alunos, a programação da rádio já abordou temas como a poluição das águas, o processo de recliclagem de óleo, a coleta seletiva de lixo, o consumo consciente, e a problemática dos lixões. O professor Vitor Salles explica que através dessas temáticas, o Programa tenta mudar o cotidiano dos jovens atuando com eficácia.

– Nossa função é atuar com cidadania, visão crítica, e por meio da comunicação formar opinião – explica Salles.

19 de novembro de 2012

Parada LGBT: ambiente saudável e rico em diversidade

Evento incluiu a temática ambiental, através do Programa Ambiente Saudável é sem Homofobia

Carlos Minc defendeu a bandeira do respeito à diversidade humana (Foto: Larissa Amorim)

Lourival Mendonça - Em um dia de festa, paz e de pleno exercício da cidadania, cerca de 700 mil pessoas, segundo estimativa da PM, lotaram a Praia de Copacabana, Zona Sul do Rio, neste dia 18 de novembro. A 17ª edição da Parada do Orgulho LGBT, que teve o lema “Coração não tem preconceitos, tem amor”, contou com um reforço esse ano: contra a homofobia e contribuindo para a afirmação dos direitos homoafetivos, o Ambiente em Ação, programa coordenado pela Superintendência de Educação Ambiental da Secretaria de Estado do Ambiente (SEA), participou pela primeira vez do evento e levou para a orla carioca a mensagem "Ambiente Saudável É Ambiente Sem Homofobia".

Durante a Parada, o programa deixou a sua marca atuando na conscientização e no diálogo com os presentes sobre a diversidade ambiental e sexual. Alunos do curso "Ambiente Saudável É Sem Homofobia" dividiram o conhecimento aprendido em sala de aula. Para a cursista Vania da Silva Rocha, é fundamental que todos os segmentos tenham em mente o conceito de igualdade como um todo. 

- Seja no segmento do ambiente, da educação ou dos direitos humanos, é essencial entender que há igualdade nas diferenças - observou a funcionária pública. 

Defensor dos direitos do grupo LGBT, o Secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, falou sobre a participação do programa no evento, destacando que a bandeira da biodiversidade e a do respeito à diversidade humana são inseparáveis. 

- Essa é a parada da liberdade e da cidadania. O carioca quer conviver com a biodiversidade e contra a homofobia aos LGBTs -, disse o secretário. 

O secretário ainda deu uma boa notícia aos participantes do evento. A Lei Estadual 3406/00,que estabelecia punições a estabelecimentos públicos e privados que descriminassem por orientação sexual, recentemente anulada, voltará a ser apresentada pelo governador Sérgio Cabral, garantindo assim uma importante conquista da comunidade LGBT do Rio de Janeiro

Ambiente Saudável ganha a orla

A ação realizada pelo núcleo do programa Ambiente em Ação foi aprovada com sucesso. Para a drag queen Thabata Rios,  é importante esclarecer que todos, independentemente da orientação sexual, estão inseridos no ambiente.

- Ambiente saudável é, sim, ambiente sem homofobia. Todos precisam ter isso na cabeça. Precisamos bater nesta tecla - falou Thabata. 

Vestido de anjo, Felipe Prado engrossou o coro de adeptos à mensagem divulgada pelo núcleo do programa Ambiente em Ação. Para ele, "a iniciativa é importantíssima porque ainda é preciso lutar, e muito, pelos direitos à cidadania do grupo LGBT".
 

15 de novembro de 2012

Ambiente Saudável É Sem Homofobia: novo conceito ambiental

Curso do programa Ambiente em Ação promove reflexão sobre práticas sustentáveis e cidadania


Alunos e instrutores debatem as várias faces do desrespeito á diversidade. (Foto: Aline Macedo)

Aline Macedo - Cerca de um mês depois de iniciadas as aulas do curso “Ambiente Saudável É Sem Homofobia”, promovido pela Superintendência de Educação Ambiental na sede da Secretaria de Estado do Ambiente do Rio de Janeiro (SEA), os alunos  perceberam que o conceito de ambiente trabalhado em aula é diferente do que estão habituados. Articulando gestão ambiental e questões de sexualidade e identidade, o curso é, nas palavras da estudante de biologia Milena Guedes, “muito inovador e ousado”.

– Estamos construindo juntos esse novo conceito – comemorou com a turma a instrutora Diva Pereira, co-responsável pelo segundo módulo, Mercado, Comercialização e Sustentabilidade.

A partir de uma visão mais ampla sobre o meio ambiente, na qual questões relativas ao ser humano e ao exercício da cidadania são parte fundamental, alunos e instrutores vêm debatendo as várias faces do desrespeito à diversidade.

Para Ana Paraense, instrutora do segundo módulo, incluir a discussão sobre hábitos de consumo, economia solidária e comércio justo é, também, uma maneira de desenvolver entre os alunos um olhar estratégico que os ajude a fazer a diferença dentro da cadeia produtiva.

– Uma face muito cruel da exclusão não é a exclusão econômica? Eu fico imaginando que alguém que é excluído no sentido político e social da cidadania também tenda a ter dificuldade, por exemplo, de ter trabalho. Como a gente pode, estrategicamente, desconstruir essa exclusão? –, questionou Paraense.

Lixo no lixo?

Expondo as características e contradições do atual modelo de produção e consumo, o curso “Ambiente Saudável É Sem Homofobia” propõe uma nova relação com os produtos. Além de estimular a reflexão sobre necessidades reais ou inventadas, o conhecimento sobre o ciclo de vida dos materiais faz com que o lixo, por exemplo, ganhe um novo significado: em vez de ser o resto de algo que já foi útil, ele passa a ser visto como matéria-prima fora de lugar.

Para auxiliar a materialização desses conceitos, as oficinas práticas ensinam os alunos a transformar o velho em novo. As oficineiras Maria Ferreira e Maria Cristina Pacheco, artesãs especializadas no reaproveitamento de materiais, ressaltam o diferencial dos objetos que produzem. Segundo elas, o consumidor percebe o valor agregado de um produto que trata o meio ambiente com respeito. E, melhor: volta para comprar mais.

Consumismo e preconceito

O professor de literatura Daniel de Oliveira declarou que o curso já causou impacto em sua vida. Assumindo que agia de maneira consumista, ele agora desacelerou o seu ritmo e pensa com mais cuidado antes de efetuar uma compra.

Por outro lado, a técnica em segurança do trabalho Daniele Peçanha já estava familiarizada com os temas ambientais antes de começar o curso. Para ela, a novidade está na articulação das questões de direitos humanos e sexualidade. Daniele disse que marcará presença na Parada de Orgulho LGBT pela primeira vez, junto com a ala do programa Ambiente em Ação, da SEAM/RJ.

– Ainda falta muita reflexão da população, não só com relação à homofobia, mas preconceitos em geral –, diz.

Dividido em três módulos teóricos (Introdução às questões ambientais; Produto, mercado, comercialização e sustentabilidade; e Corpo, gênero e sexualidade) e duas oficinas práticas (Customização de roupas e adereços e Reaproveitamento e reciclagem de resíduos sólidos), esta é a primeira edição do curso Ambiente Saudável É Sem Homofobia. Quatro outros Centros de Referência de Cidadania LGBT/CR.-LDBT receberão as aulas nos próximos dois anos: Rio de Janeiro/Central, Niterói, Caxias e Nova Friburgo.

– Todos nós temos o direito de participar, todos temos o direito a um ambiente saudável, sem homofobia, equilibrado, e que proporcione um futuro melhor –, concluiu a instrutora Diva Pereira.

14 de novembro de 2012

Confira procedimentos a serem tomados em caso de chuva

Moradores de regiões afetadas pela chuva devem estar preparados para responder em um primeiro momento, diz coordenador da Defesa Civil da Seam

Em 2011 a Região Serrana do Rio sofreu com o maior desastre natural do país (Foto: Reprodução Internet)
Victor Vicente - A chuva da madrugada desta terça-feira (13), em Nova Friburgo, Região Serrana do Rio, fez com que a Defesa Civil colocasse o município em estágio de alerta máximo. O Centro da cidade, que no início de 2011 ficou destruído pela chuva, já está alagado. Foram acionadas todas as 35 sirenes em 24 comunidades e os moradores orientados a deixarem suas casas imediatamente e procurar um dos 101 pontos de apoio espalhados na cidade.

O Coordenador de Defesa Civil da Superintendência de Educação Ambiental (Seam), Marcelo Bodart, afirma que o principal trabalho para se prevenir e enfrentar desastres ambientais é o de conscientização.

– Os moradores devem estar preparados para responder em um primeiro momento –, afirma Bodart.

Para ajudar os moradores destas áreas, o coordenador informa o passo a passo do procedimento padrão a ser realizado.

1° - Em um primeiro momento o morador deve ter um kit com documentos, água, remédios essenciais, primeiros socorros e pilhas;

2° - Com o kit em mãos, ele deve procurar alguma rota de fuga previamente estabelecida pela Defesa Civil;

3° - Ao chegar ao ponto de apoio, deve aguardar futuras orientações para saber se o risco de acidente passou e, assim, retornar à sua casa.

Em janeiro de 2011 um temporal destruiu várias áreas da região e tornou evidente a necessidade de um trabalho específico de organização comunitária.O programa Mãos à Obra, da Superintendência de Educação Ambiental da Secretaria de Estado do Ambiente, atua no trabalho de enfrentamento de desastres.

O Mãos à Obra trabalha criando lideranças comunitárias e fortalecendo grupos para a evacuação de lugares de risco em um acidente. De acordo com Marcelo Bodart, o grupo deve ser evacuado em fila e conduzido por um líder que tem como função controlar a marcha. No meio da fila, um homem fica encarregado de observar para ver se alguém caiu ou se feriu. No final da fila, um homem fica responsável por não deixar ninguém para trás.
                                                                                
Ainda segundo o coordenadora, é realizado um trabalho de criação de possíveis rotas de fuga para a população em caso de um desastre. Ele explica que a ação mais importante é a de capacitação, convencimento e sensibilização realizado dentro dos municípios, que já sofreram muito com as chuvas e desastres.

12 de novembro de 2012

Parque Estadual da Serra da Tiririca é ampliado

A unidade de conservação terá uma área equivalente a quatro mil campos de futebol

Parque Estadual da Serra da Tiririca protege vários tipos de biomas, como o da Mata Atlântica (Foto: Divulgação)

Jade Curvello - Pólo de ecoturismo e lazer dos municípios de Niterói e Maricá, no estado do Rio de Janeiro, o Parque Estadual da Serra da Tiririca (Peset) teve sua área ampliada pelo governo estadual em 1.241 hectares. Atendendo a reivindicações de ambientalistas e moradores de Niterói, a área protegida também vai contar até o final deste ano, com 20 guarda-parques e uma Unidade de Policiamento Ambiental (UPAm).

Para ampliar a área foram incorporados a ela, a Reserva Municipal Darcy Ribeiro, as ilhas Pai, Mãe e Menina e o Morro da Peça. Esse processo de inclusão foi realizado a partir de uma grande consulta pública em Niterói, onde se levou em conta, por exemplo, o regime de cogestão do parque da Tiririca, em parceria com a Prefeitura de Niterói, e a incorporação das ilhas, proposta pelos pescadores.

O parque protege áreas de Mata Atlântica, restinga, costões rochosos, mangue e banhados. Devido a essa vasta biodiversidade, desde 1992, a área é considerada pela Organização das Nações Unidas (UNESCO) como Reserva da Biosfera da Mata Atlântica. O secretário de Estado do Ambiente, Carlos Minc, deu relevância à conservação da biodiversidade da área.

– A incorporação da reserva Darcy Ribeiro significa conservar a biodiversidade de uma área importante para o município, mas que foi completamente abandonada pelos governos anteriores, e estava inclusive sujeita a invasões – explicou.
Segundo o secretário, a ampliação da unidade de conservação também tem caráter socioambiental.

– Vamos proteger a Mata Atlântica, aumentar a reprodução do pescado e garantir aos pescadores a possibilidade de trabalhar também com turismo ambiental, promovendo visitações às ilhas que agora fazem parte da nova unidade de conservação – esclareceu Minc.

O Parque Estadual da Serra da Tiririca além de ser uma opção de lazer, por meio da prática de atividades como a caminhada, o surfe, a escalada e a pesca, também pode ser uma ferramenta de estudo para pesquisas científicas, e pólo para disseminação do conceito de educação ambiental. 

7 de novembro de 2012

Curso capacitará agentes ambientais em Acari


A partir das aulas jovens e adultos multiplicadores de informação sobre o ambiente
Rua ao lado do Hospital de Acari é um dos pontos críticos do bairro (Foto: Google Street View)

Victor Vicente - O Programa Ambiente em Ação, através do eixo Campanhas, em parceria com a Fundação Nacional da Saúde (FUNASA) realiza neste sábado (10), a primeira aula do curso de capacitação para formação de agentes ambientais na comunidade de Acari, Zona Norte do Rio.  As aulas acontecerão no Ecoponto Brasil Sustentável, localizado na Avenida  Pastor Martin Luther King Júnior, n°11.058, aos sábados do dia 10 de novembro a 1 de dezembro, das 9 às 13 horas.

A primeira aula do curso, sobre Educação e Saúde Ambiental, será ministrada pelo Prof. José Roberto Castro Gonçalves e por Wilton Marques de Gois, que, relacionando os cuidadados ambientais com a saúde, trarão questões  sobre os principais vetores de doenças da comunidade, como os mosquitos e roedores.

Para capacitar os alunos, o 2º módulo do curso é sobre Educomunicação. O Prof. Jorge Tonnera Júnior, que ministrará a aula, irá apresentar aos estudantes as teorias básicas da comunicação. Os cursistas aprenderão a construir seus próprios instrumentos de comunicação, como jornal, mural e fanzine, visando campanhas educativas na comunidade.

O 3º e 4º módulo serão, respectivamente, Lixo e a Poluição das Águas e Lixo e Cidadania – Benefícios da Reciclagem, que tratarão do desperdício de água, poluição dos rios, saneamento básico, reciclagem e coleta seletiva.

Ao fim dos quatro módulos, os alunos participarão de um mutirão de limpeza em duas áreas críticas em Acari: a primeira em uma rua ao lado do Hospital Municipal Ronaldo Gazola e a outra em um valão localizado no centro da comunidade.

Os professores e organizadores esperam, com o curso, sensibilizar os jovens e adultos à tratarem do assunto ambiental com mais seriedade, servindo de propagadores de informação e educação.

5 de novembro de 2012

Rio cria painel para acompanhar metas da Rio+20

Painel monitorará o progresso das políticas públicas sobre temas para o crescimento sustentável
Declaração do Rio de Janeiro foi assinada por mais de 30 estados e regiões do mundo

Victor Vicente - Com o fim da Rio +20, metas foram traçadas para o crescimento sustentável mundial. O roteiro de economia verde, publicado em texto, reúne propostas sobre as principais ações de desenvolvimento sustentável a serem integradas às políticas públicas dos Estados.  Para atingir esse objetivo, o Rio de Janeiro lançou, no dia 30 de outubro, na Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável, o Painel de Controle que busca acompanhar as dez metas estabelecidas na Rio +20.
O Painel é composto por indicadores de desenvolvimento sustentável que irão monitorar o progresso das políticas públicas em dez importantes áreas para o desenvolvimento ecológico, dentre elas, energia, biodiversidade e transporte. Com o painel, o Estado do Rio de Janeiro terá mais controle sobre as metas que foram propostas na convenção e tem, agora, a possibilidade de se antecipar aos objetivos acordados na Declaração do Rio de Janeiro, assinada por mais de 30 estados e regiões do mundo em pro da economia verde.