29 de novembro de 2013

Áreas de risco da Região Serrana ganham mapeamento com rotas de fuga e planos de emergência

Secretaria do Ambiente apresenta planos de ação comunitários para prevenir e enfrentar acidentes e desastres naturais nas áreas de risco da Região Serrana



Mapas com detalhes de rotas de fuga, pontos de apoio, levantamento de pessoas que necessitam de cuidados especiais em momentos de alerta, mapeamento dos recursos materiais e humanos da comunidade, onde mora e quem tem corda, motosserra, barco; se existem médicos, enfermeiros, bombeiros, entre outros profissionais que possam auxiliar em momentos mais críticos. Distribuição de kits contendo ímãs de geladeira com orientações para desocupação imediata, por exemplo, desligar o gás para evitar o risco de explosões e uma pasta plástica, com vedação impermeável, para que os moradores possam guardar seus documentos pessoais e carregá-los facilmente, numa emergência.  


Estes são alguns dos resultados concretos da ação desenvolvida em áreas de risco da Região Serrana do Estado do Rio, com recursos do Fecam, pela Superintendência de Educação Ambiental da Secretaria de Estado do Ambiente (Seam/SEA), que serão apresentados

terça-feira, 03/12, às 14:30h, na Câmara Municipal de Petrópolis, pela superintendente de Educação Ambiental da Secretaria de Estado do Ambiente, Lara Moutinho da Costa.

Elaborados e executados pelo Mãos à Obra, programa de educação ambiental com foco em Defesa Civil Comunitária da Seam/SEA, os Planos de Ação Comunitários de Prevenção e Enfrentamento de Acidentes e Desastres Naturais serão apresentados nesta terça-feira.

Um dos diferenciais desses Planos é ter identificado e trabalhado dois tipos diferentes de risco: o hidrológico (risco de enchentes) e o geológico (escorregamento de massa). Outro é o fato da sua construção ter sido feita de forma participativa, com os próprios moradores, maiores conhecedores dos territórios em questão.

Ao longo de 18 meses, a mobilização da comunidade incluiu a capacitação de 60 monitores socioambientais, através de um curso de 200 horas, dado pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), executora do Programa Mãos à Obra. Esses monitores assumiram o protagonismo na instalação de Núcleos de Proteção e Defesa Civis (NUPDECs), também comunitários, que receberam da Seam/SEA, kits com capas de chuvas, lanternas e apitos – materiais básicos para a desocupação–, além de treinamentos específicos com noções em emergências pré-hospitalares, sistema de alerta e alarme, e procedimentos de evacuação.

Além do curso, a mobilização incluiu o convite a lideranças de Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo para participarem dos Ateliês do Pensamento (jantares comunitários, onde se discutiam os temas e encaminhamentos do processo de construção dos Planos) e de um encontro chamado Feijão Amigo (momento de confraternização, de compartilhamento dos conteúdos aprendidos no curso de capacitação e de mobilização para as ações de prevenção e enfrentamento de acidentes e desastres naturais, realizado aos sábados).

Fonte e arte: ComunicaSeam

27 de novembro de 2013

Mostra Final do Programa Elos da Cidadania




O Programa Elos da Cidadania, da Superintendência de Educação Ambiental da Secretaria de Ambiente, em parceria com a UERJ, apresenta esta sexta, dia 29/11, na sua Mostra Final o resultado de um trabalho de formação e capacitação que envolveu cerca de 80 escolas de municípios da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, Baixada Fluminense, Niterói e São Gonçalo. 

Através da elaboração de projetos de intervenção no ambiente local, o Programa visa qualificar profissionais da educação, estudantes e comunidade escolar para o desenvolvimento e fortalecimento das ações coletivas integradas, voltadas para o controle social, o enfrentamento das vulnerabilidades socioambientais e a gestão participativa de águas e florestas da Mata Atlântica do Rio de Janeiro, 

A exposição, que acontecerá das 8h às 12:30h, no Auditório 11, 1º andar, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), no Maracanã, apresentará os resultados do diagnóstico socioambiental realizado pelas 80 escolas.

Além da exposição, será realizada em paralelo um debate, no formato "roda de conversa", onde estudantes representarão cada escola e explicarão como foi participar do Programa Elos, quais os desafios enfrentados e o que mudou na sua visão de sociedade e ambiente.

Junto ao auditório, haverá stands apresentando os trabalhos das escolas e um espaço multimídia, onde serão apresentados as atividades registradas em vídeo, relacionadas ao processo de diagnóstico socioambiental.

Em seguida à Mostra Final, acontecerá no mesmo auditório, das 14h às 18h, o III Fórum Elos de Cidadania – A escola pública na Gestão Ambiental, plenária final de consolidação da Carta Elos de Cidadania, quando serão votadas as alterações propostas para este documento.

PROGRAMAÇÃO

Auditório 11:
8h - Credenciamento
  • Organização dos trabalhos das unidades escolares nos painéis de exposição;
  • Café da manhã.

9h - Atividade cultural
  • Mesa de abertura do evento.

 Hall do 1º andar:
10h 30mim – 12h 30min - Abertura oficial   
  • Visita à exposição dos trabalhos das unidades escolares;
  •  Mostra de vídeos e atividades culturais diversas elaboradas pelas unidades escolares;
  •  Roda de conversa com os mobilizadores jovens. (local a definir)

 Local da definir:
12h 30mim      Encerramento.


Fonte e arte: ComunicaSeam

26 de novembro de 2013

II Fórum Elos de Cidadania: a escola na gestão ambiental pública


Educadores se reúnem para discutir o papel da escola no ambiente e propor novas diretrizes para o texto final da Carta reivindicatória



 Fábio Leite,  coord. do Programa Elos de Cidadania, (ao meio),
mediou as palestras dos professores Rodrigo Lamosa, (a esq.)
 Marco Lamarão (a dir.) - Foto: Eduardo Peralta/ComunicaSeam  
 Leslie Assis - “Não basta saber ler que a Eva viu a uva. É preciso compreender qual a posição que Eva ocupa no seu contexto social, quem trabalha para produzir a uva e quem lucra com esse trabalho”. Essa reflexão de Paulo Freire, tido como uma referência fundamental na educação, poderia ser a síntese do II Fórum Elos de Cidadania - o público, o privado e a democracia na escola pública, promovido pela Superintendência de Educação Ambiental da Secretaria de Estado do Ambiente (Seam/SEA), no dia 1º de novembro, no Cefet/Maracanã, no Rio. 

O objetivo do Fórum, aberto pela superintendente de Educação Ambiental da SEA, Lara Moutinho da Costa, foi promover novas discussões sobre a função social da escola pública e como ela pode participar efetivamente da gestão ambiental pública. “É um grande desafio no país, onde esse tipo de participação está começando agora. Estamos há 15 anos fomentando isso.  A sociedade pode e deve participar da tomada de decisão sobre assuntos que dizem respeito ao território ao qual ela pertence”, argumenta Lara Moutinho da Costa.

Os professores Rodrigo Lamosa, da rede municipal de Duque de Caxias e pesquisador da FE/UFRJ e Marco Lamarão, da rede municipal de Itaboraí e pesquisador FE/UFRJ, participaram como debatedores convidados e abordaram os temas “A autonomia pedagógica e a relação público-privado na escola pública” e “A democracia na escola pública”, respectivamente. Assista . 

Fábio Leite, coordenador do Programa Elos de Cidadania, da Seam/SEA, explica que os fóruns servem também para estimular reflexões que contribuirão para a redação do texto final da Carta Elos de Cidadania - um manifesto coletivo de educadores do Estado do Rio de Janeiro, pelo fortalecimento da escola pública e dos seus espaços democráticos internos e pelo seu protagonismo na gestão ambiental do território em que está inserida. 

O texto-base da Carta foi formulado no âmbito do Elos de Cidadania, programa que atua em escolas de 15 municípios do Rio de Janeiro e tem como objetivo o desenvolvimento e o fortalecimento de ações coletivas voltadas para o controle social, o enfrentamento das vulnerabilidades socioambientais e a gestão participativa de águas e florestas da Mata Atlântica.

“Essas reivindicações visam transformar a Carta em um documento político para os educadores ambientais, como instrumento de luta. Nós estamos comprometidos com a educação em defesa da escola pública”, explica Lara Moutinho da Costa.

Segundo Fábio Leite, a Carta se divide em duas partes: na primeira, os educadores questionam o Estado pela falta de estrutura e condições para praticar uma educação ambiental que seja participativa e exerça de fato o controle social sobre o território. “Como podemos pedir ao professor para participar, por exemplo, de um Comitê de Bacia, se ele não tem carga horária cedida para esse fim e se não existe uma estrutura ou qualquer anteparo financeiro que dê condições para esse educador exercer sua cidadania plenamente?”, argumenta.  

Na segunda parte, estão os compromissos que, a partir das reivindicações atendidas, os educadores assumem com relação à escola e ao seu trabalho, tendo a comunidade escolar como sujeito no processo participativo em sua localidade.

O texto da Carta pode ser acessado em:

22 de novembro de 2013

Natal da Eletrorreciclagem 2013

Superintendência de Educação Ambiental apoia campanha para diminuir a poluição causada pelo descarte inadequado de eletroeletrônicos




Bárbara Cruz - A dúvida sobre o que fazer com equipamentos eletrônicos que não são mais utilizados, como televisões, celulares, calculadoras, teclados e rádios é bastante comum. O Natal da Eletrorreciclagem 2013 tem como objetivo mostrar a importância do descarte correto desse tipo de material, que contém substâncias tóxicas nocivas ao ambiente e à saúde humana.

As pessoas poderão levar até o dia 20/12, no horário entre 8 e 18h, seus esquipamentos eletrônicos nos pontos de coleta implantados nas estações Siqueira Campos, Carioca e Pavuna do metrô, nas sedes da Fábrica Verde da Rocinha e do Complexo do Alemão, na Prefeitura do Rio e na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC).

Agentes socioambientais do Programa Ambiente em Ação, da Superintendência de Educação Ambiental (Seam), que irão realizar a mobilização nos locais de coleta.


Além de evitar a poluição ambiental, a campanha da Eletrorreciclagem contribui para a geração de emprego e renda. Os computadores danificados serão destinados ao Projeto Fábrica Verde, da Superintendência de Território e Cidadania, que capacita moradores de comunidades na fabricação de computadores a partir das partes úteis das máquinas obsoletas. A cada quatro aparelhos velhos é possível construir um novo. A produção é encaminhada para telecentros comunitários, promovendo a inclusão digital.

O secretário Carlos Minc esteve presente na abertura da campanha, que aconteceu na quinta feira, 21/11, na estação do metrô da Carioca. A Secretaria Estadual do Ambiente realiza essa campanha desde 2010 e até o momento o Natal da Eletrorreciclagem já recolheu cerca de 20 toneladas de equipamentos eletroeletrônicos. 


16 de novembro de 2013

BATISMO DE NASCENTE DE RIO


Através da Superintendência de Educação Ambiental, alunos da rede pública promovem ações que contribuem para a preservação do ambiente


Em outro evento organizado pela Superintendência de Educação Ambiental da SEA, o secretário do Ambiente, Carlos Minc, participará também na próxima segunda-feira, às 11h, no Sítio Farol da Prata (Estrada da Batalha, 202 A, Rio da Prata, em Campo Grande, na Zona Oeste), da cerimônia de batismo de uma nascente de água, com o nome de "Elos Dona Nonola".


 Dona Alzerina Moreira Maia (1909-1974), a Dona Nonola, foi uma grande protetora da vertente do Rio da Prata do Maciço da Pedra Branca. Produtora rural, líder comunitária, parteira e benzedeira, vivia onde existe uma nascente de água.


A equipe do Ciep Brigadeiro Sérgio Carvalho, que participa do Programa Elos de Cidadania, da Superintendência de Educação Ambiental da SEA, decidiu então, com apoio da comunidade, fazer esta homenagem. 

Fonte: Ascom

Secretaria do Ambiente lança reciclagem de óleo de cozinha usado em escolas


Com apoio crescente de restaurantes e condomínios, programa para transformar óleo vegetal em biodiesel e sabão chega a dez colégios públicos



Bombonas para o armazenamento do óleo chegam para os alunos
do C.E.Brigadeiro Schoecht (Foto: Larissa Amorim/ComunicaSeam)
Com a distribuição de funis e a instalação de um ecoponto para o recolhimento de óleo de cozinha usado, no Colégio Estadual Brigadeiro Schorcht, na Taquara, a Secretaria de Estado do Ambiente (SEA) e o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) lançam, nesta segunda-feira (18/11), o Programa Prove nas Escolas. 

O Programa de Reaproveitamento de Óleo Vegetal (Prove), visa a estimular a  cadeia de reciclagem de óleo de cozinha usado como matéria-prima na produção de biodiesel e de sabão.

Contando com o apoio crescente de restaurantes, hotéis e condomínios, entre outros, o Prove está chegando agora nas escolas públicas, em uma parceria com o Programa Elos da Cidadania, da Superintendência de Educação Ambiental da SEA. Inicialmente, dez colégios se tornarão ecopontos de recolhimento de óleo vegetal.

O secretário do Ambiente, Carlos Minc e a superintendente de Educação Ambiental da SEA, Lara Moutinho, participarão do lançamento do Prove no Colégio Estadual Brigadeiro Schorcht, que foi escolhido para a instalação do primeiro ecoponto devido ao seu simbolismo: três professores modificaram uma antiga Mercedes-Benz movida a diesel para que funcionasse à base de óleo vegetal, e com ela viajaram até Ushuaia, no extremo Sul da Argentina.

Quer saber mais sobre o Prove? Acesse:

Fonte: Ascom




13 de novembro de 2013

Região Serrana ganha rotas de fuga e procedimentos de auxílio em caso de desastres naturais

Secretaria do Ambiente apresenta planos elaborados com participação comunitária para auxiliar na evacuação de moradores em situações de risco


As rotas foram planejadas com a participação da comunidade
(mapa de Petrópolis)
O resultado de um trabalho pioneiro promovido pela Secretaria de Estado do Ambiente (SEA), com apoio de moradores da Região Serrana, será divulgado, amanhã (14), para ajudar na eventual necessidade de evacuação devida a eventos climáticos extremos, como as fortes chuvas que, em 2011, causaram milhares de mortes e destruições em Nova Friburgo, Petrópolis e Teresópolis.

Serão apresentados, entre outros, mapas com detalhes de rotas de fuga, procedimentos básico de evacuação, levantamento de pessoas que necessitam de cuidados especiais em momento de alerta, mapeamento dos recursos materiais e humanos disponíveis, kits com ímãs de geladeira com orientações para desocupação imediata e uma pasta plástica impermeável para que moradores possam guardar seus documentos e carregá-los em situações emergenciais.

Para divulgar esse trabalho, o secretário do Ambiente, Carlos Minc, estará no Vale do Cuiabá, em Itaipava, distrito de Petrópolis, numa das regiões mais atingidas pelo evento extremo de 2011. Estarão também presentes o presidente da Comissão de Meio Ambiente da Câmara de Vereadores de Petrópolis, Anderson Juliano, e oficiais da Defesa Civil representando o secretário estadual de Defesa Civil, coronel Sérgio Simões, que já se comprometeu a levar esta inédita experiência, em conjunto com a SEA, para todos os municípios do Rio de Janeiro.

Os dados a serem apresentados por Minc, pela superintendente de Educação Ambiental da SEA, Lara Moutinho, e por representante da Secretaria de Estado da Defesa Civil fazem parte dos Planos de Ação Comunitários de Prevenção e Enfrentamento de Acidentes e Desastres Naturais, desenvolvidos após as chuvas torrenciais de 2011. 

Alguns dos diferenciais desses planos foram o de ter identificado e trabalhado dois tipos de risco – hidrológico (risco de enchentes) e geológico (escorregamento de massa) – e de ter sido construído, de forma participativa, com moradores da Região Serrana, maiores conhecedores dos territórios em questão.

Ao longo de 18 meses, a mobilização da comunidade incluiu a capacitação de 60 monitores socioambientais, pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), que receberam da SEA kits com capas de chuvas, lanternas e apitos, além de treinamentos específicos.

12 de novembro de 2013

QUEDA DO DESMATAMENTO ATENUA AUMENTO DAS EMISSÕES DE CARBONO

Secretario do Ambiente e Coppe/UFRJ mostram evolução das liberações de gases-estufa por setor econômico do Estado do Rio de Janeiro



  A Sea revogou a licença para a usina  térmica a carvão no
 Porto do Açu, ela iria emitir sozinha, mais de  sete milhões
de  toneladas de carbono/ano (FotoLuiz Morier)
Sandra Hoffmann No Estado do Rio de Janeiro, comparando-se 2010 com o ano base de 2005, houve uma queda das emissões de carbono por desmatamentos e um aumento das emissões dos gases-estufa no setor energético. No entanto, evitando um aumento ainda maior das emissões no setor energético, o Governo do Estado revogou uma licença para a instalação de uma térmica a carvão no Norte Fluminense.

Esses dados fazem parte do inventário das emissões de carbono nos diferentes setores econômicos do Rio de Janeiro que foi apresentado ontem (11/11), em coletiva à imprensa, pelo secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, pela subsecretária de Economia Verde, Suzana Kahn, e pelo professor da Coordenação dos Programas de Pós-Graduação em Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ), Emilio La Rovere.

Minc e La Rovere fizeram uma comparação entre o inventário atual das emissões de carbono e o elaborado em 2005 pela Coppe. Entre 2005 e 2010, houve uma queda de 51% nas emissões de carbono do setor de agricultura e florestas. Em 2005, o setor era responsável por 17% das emissões de carbono. Em 2010, esse percentual caiu para 8%. Segundo o secretário, a diminuição das emissões se deveu, dentre outros fatores, à diminuição do desmatamento no Rio de Janeiro.

“Mas, por outro lado, o setor energético foi o segmento que mais contribuiu para o aumento da emissão de carbono, passando de 58%, em 2005, para 68% em 2010, ou seja, um aumento expressivo de 33%. Então, os dados que estamos apresentando hoje, com base no inventário produzido pela Coppe e na Lei do Clima, fez a gente tomar uma importante medida, que foi a revogação da licença para uma usina térmica a carvão no Porto do Açu de 2.100 megawatts que, sozinha, iria emitir mais de sete milhões de toneladas de carbono por ano. Isso representaria um aumento de 12% nas emissões. Se nós a aprovássemos, não cumpriríamos a Lei do Clima. Outra importante iniciativa nossa foi cravar na renovação das licenças ambientais de diferentes empresas um plano de mitigação das emissões de carbono”, explicou Minc.

Em linhas gerais, de 2005 a 2010, as emissões totais de CO2eq (unidade de medida que representa todas as liberações de gases-estufa, e não apenas as de dióxido de carbono) passaram de 59,3 toneladas para 67,0 toneladas. Minc chamou a atenção para um dado: se a térmica a carvão no Porto do Açu saísse do papel, ela iria emitir, em um ano, o equivalente à diferença das emissões totais de CO2eq de 2010 em relação às de 2005.

Ao apresentar os dados da evolução da emissão de carbono, o professor da Coppe/UFRJ Emilio La Rovere destacou que, dentre os fatores que contribuíram para o aumento das emissões de carbono dentro do setor energético, estão a queima de combustíveis fósseis:

“Esses combustíveis são usados em vários setores, principalmente no de transporte rodoviário e em processos industriais como a própria siderurgia, já que há grandes emissões em altos fornos. O aumento das emissões no setor de transporte se deveu ao crescimento do parque automobilístico e à queda no uso do etanol, já que os preços do óleo diesel e da gasolina foram subsidiados. Com isso, o consumidor está usando mais gasolina, combustível fóssil que vem do petróleo e que contribui para o aquecimento global”, disse La Rovere, ressaltando a importância de o governo federal investir em programas que incentivem a população a usar o álcool como combustível e transportes coletivos, importantes alternativas que contribuirão para controlar as emissões de carbono.

A subsecretária estadual de Economia Verde da SEA, Suzana Kahn, destacou que o inventário das emissões de carbono, produzido pela Coppe/UFRJ, é o ponto básico para se traçar uma estratégia que reduza as emissões de carbono:

“A questão de se ter um inventário é o ponto básico para traçar uma política, uma estratégia para reduzir as emissões, porque ele identifica o que precisa ser feito. Esse instrumento nos ajuda a identificar práticas e tecnologias que já estão disponíveis no mundo para reduzir as emissões”, explicou Suzana Kahn.

Suzana destacou que técnicos do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) foram treinados para usar o inventário. Segundo ela, o inventário é um poderoso instrumento que irá auxiliar a orientar os investimentos no território fluminense:

“Se resolvêssemos permitir a construção de uma térmica a carvão, por exemplo, não seria simplesmente a emissão naquele ano ou nos próximos três anos. É uma aposta de altíssimo risco numa tecnologia que a gente vai ficar amarrado por pelo menos 30 anos. Então é importante uma reflexão cuidadosa em cima daquilo que você está apostando, porque reverter a questão pode ser muito mais caro”, disse a subsecretária de Economia Verde.

Fonte: Ascom SEA

4 de novembro de 2013

Estrutura do Espaço Sagrado é tema do encontro de líderes religiosos

Guardiões se reuniram para definir a estrutura do local que será destinado às praticas de religiões afro brasileiras



Lara Moutinho e Claudia Castellano apresentaram sugestões no
 encontro do Conselho dos Guardiões do Sagrado e da Natureza
Bárbara Cruz - O terceiro encontro do ano do Conselho dos Guardiões do Sagrado e da Natureza, aconteceu no dia 31 de outubro, no terreiro da Ilê Asé Omolu Oxum, no município de São João de Meriti, no Rio de Janeiro. Estiveram presentes líderes religiosos da umbanda e do candomblé, como: a anfitriã do encontro, Iyalorixá Mininazinha da Oxum; o Babalorixá Luis D’Omolu;  Mãe Fátima Damas, da Congregação Espírita Umbanda do Brasil – CEUB; Pai Pedro Miranda, da União Espiritualista de Umbanda do Brasil – UEUB.

O programa Elos da Diversidade apoia o diálogo entre os saberes de diferentes religiões e foi criado pela Superintendência de Educação Ambiental da Secretaria de Estado do Ambiente (Seam/SEA) para resgatar as tradições religiosas e construir ações que garantam a diversidade cultural e biológica. Componentes do programa também estiveram presentes na ocasião: Carlos Frederico, coordenador do Elos; Maria das Graças, moderadora; e Mãe Torody, Ekedi Basilia e Pai Renato de Obaluaê, articuladores.

A reunião desses grupos buscou a definir a melhor forma de organização do Espaço Sagrado da Curva do S, que será destinado aos rituais de religiões afro-brasileiras. Claudia Castellano, do Laboratório de Arquitetura, Subjetividade e Cultura e arquiteta da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), está auxiliando o processo da construção do local e tem feito sessões de observação do uso desse espaço pelas pessoas.

A superintendente de educação ambiental, Lara Moutinho da Costa, e a arquiteta mostraram uma planta preliminar do Espaço que indicava a entrada, o centro de visitantes, os banheiros, o espaço para atividades culturais e as rampas para o acesso de cadeirantes e pessoas com dificuldades de locomoção. Com o foco na identificação do território, foi debatido o uso de imagens de orixás, símbolos religiosos e berçários de folhas e ervas sagradas. Porém, Lara evidenciou o fato de que a intervenção para criar o espaço deve ser mínima. “É fundamental que os locais para culto tenham sua identificação, mas o excesso de representações pode comprometer a beleza natural do lugar”, alertou.

O Espaço Sagrado da Curva do S  será construído na zona externa do Parque Nacional da Floresta da Tijuca. Desde o século XVII o local é frequentado por pessoas de diferentes religiões, mas devido ao mau uso e ausência de política publica, a região ficou abandonada e repleta de sujeira. O projeto do Espaço Sagrado propõe uma mudança nesse ambiente para que ele possa ser utilizado de forma correta, a fim de preservar a natureza e as tradições religiosas. Por isso, foi decidido colocar na entrada do parque uma imagem de 7 metros de um Xaxará, símbolo do candomblé, para representar a cura desse local.

Pai Pedro, umbadista, falou sobre a importância da construção de um espaço comum a todos, onde as pessoas possam entrar em contato com a vibração positiva da natureza. Pai Renato, candomblecista, falou sobre a importância da identificação visual. “É necessário o uso de imagem, símbolos e tudo mais que permita a visibilidade da nossa religião, para que não sejam repetidos os erros históricos de negar aos povos suas representações”, afirmou. Lara Moutinho finalizou a reunião explicando que o espaço Sagrado será para aberto ao publico, mas que existe o foco em atender religiões que são discriminadas e muitas vezes impedidas de serem cultuadas. “O Espaço Sagrado não é um local ecumênico. O foco é na cultura afro brasileira. Mas isso não impede que seja utilizado para reuniões de grupos de outras tradições”, concluiu.