5 de setembro de 2013

105 anos de luta contra a discriminação

Umbandistas defendem a liberdade religiosa em caminhada neste domingo

A líder religiosa, Mãe Fátima: uma
das idealizadoras da Caminhada 

“A Umbanda nasceu da discriminação e há 105 anos nós lutamos contra ela”, diz Fátima Dantas, presidente da Congregação Espírita Umbandista do Brasil (CEUB). Mãe Fátima conta que, no início do século XX, os espíritos de pretos  velhos e de caboclos que se manifestavam nos centros cardecistas eram convidados a se retirar, por serem considerados espíritos inferiores. “Até que, em novembro de 1908, o médium Zélio Fernandino de Moraes, então com 17 anos, recebeu o Caboclo Sete Encruzilhadas, que se recusou a ir embora e fundou a Umbanda”, explica.

Segundo Mãe Fátima, assim como o Candomblé, a Umbanda é das religiões que mais sofre com o preconceito e a intolerância. “Nos anos 30, a própria polícia invadia os terreiros e destruía tudo. Depois, passamos a ser vítimas das milícias e do tráfico, associados a grupos religiosos intolerantes”.

Foram ataques a terreiros no Rio de Janeiro que motivaram a criação da Comissão Contra a Intolerância Religiosa, em 2008. Desde aquele ano, a CCRI promove a Caminhada pela Liberdade Religiosa, que, no próximo domingo (08/09) terá sua sexta edição. O evento ocupará a orla de Copacabana, a partir das 10 horas.

“Precisamos da presença de todos para defender o respeito às mais diversas religiões”, conclama Mãe Fátima.




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