Composto por renúncia fiscal do Governo
do Estado da ordem de R$ 7 milhões anuais, Fundo Verde financia projetos
sustentáveis em universidade de ponta no país
Ascom SEA
Por Sandra Hoffmann
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O secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, apresentou os primeiros projetos que serão financiados pelo Fundo Verde da Universidade Federal do Rio de Janeiro |
Anunciada ano passado, após a Rio+20, a aprovação
do Fundo Verde foi uma vitória das secretarias estaduais do Ambiente, de
Fazenda e de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços.
Para aprovar e administrar os projetos, foi
criado um conselho-gestor do Fundo Verde, formado por representantes da UFRJ,
do Governo do Estado, da Light Serviços de Eletricidade S.A. e da comunidade
tecnológica.
O secretário Carlos Minc lembrou que os recursos
que compõem o fundo são oriundos de renúncia fiscal do Governo do Estado, que
abriu mão de receber o ICMS da conta de luz da UFRJ. “Muitas vezes, as universidades têm verba para
pesquisa, mas dispõem de poucos recursos para sua aplicação prática. Então,
muitas boas ideias acabam nas gavetas, e o Fundo Verde vêm para ajudar a
viabilizá-las financeiramente. Hoje, estamos apresentando os primeiros projetos
que serão financiados pelo Fundo Verde”, acrescentou, ao lado da subsecretária
de Economia Verde, Suzana Kahn, e do vice-diretor da Coppe/UFRJ e conselheiro
do Fundo Verde, professor Edson Hirokazu Watanabe.
No estacionamento do Campus da UFRJ, serão
instalados cinco painéis solares em áreas de, aproximadamente, 20 metros
quadrados, que serão conectadas à rede da Light, de forma a injetar a energia
gerada na rede elétrica para diminuir o consumo da energia tradicional,
tornando a universidade geradora de energia de cerca de 100 quilowatts,
inicialmente. E mais: num local carente de árvores, os
grandes painéis solares retangulares foram projetados de forma a fazer sombra
para os veículos que estacionaram embaixo, funcionando como “árvores”.
Minc também detalhou os outros projetos que serão
financiados pelo Fundo Verde: “Além do estacionamento, serão instalados painéis
solares no teto do Instituto de Pediatria da UFRJ, sendo que uma parte vai
gerar energia e a outra será destinada ao aquecimento da água usada no
hospital. O terceiro é um sistema de controle da conta de água e de luz, que
permitirá reduzir as contas em 1/3, e o outro é voltado para a mobilidade:
implantação de uma linha cujo trecho será percorrido por um trem em levitação
entre a Engenharia e o Hospital Universitário”, explicou.
O professor Watanabe explicou que os painéis
solares a serem instalados no estacionamento também têm o propósito de dar mais
visibilidade a essa fonte de energia renovável: “Ao dar visibilidade a estas ‘árvores’ solares,
queremos conscientizar as pessoas da necessidade de se reduzir a geração de
gases-estufa e do quanto a energia solar pode ser importante nesse processo. A
nossa expectativa é de que as placas solares comecem a ser instalada no início
do ano que vem”, disse.
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