2 de junho de 2014

Última etapa do projeto Mãos à Obra acontece na Região Serrana

Os agentes socioambientais formam o Núcleo de Proteção e Defesa Civil Comunitário para auxiliar os moradores da região em casos de desastres naturais


Monitores distribuíram kits aos moradores com capas de
chuva, pasta plástica para documentos imãs de geladeira
com orientações em caso de emergência - Foto Larissa Amorim
Bárbara Cruz - As tragédias de 2011, decorrentes de desastres naturais na Região Serrana causaram um forte impacto na vida dos moradores.  Como uma tentativa de prevenção, surge o programa ‘Mãos Obra’ que capacita os habitantes a participar ativamente da gestão do território e ensina formas de prevenir e enfrentar situações emergenciais.  Iniciado em 2012, nas regiões de Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo, o Programa forma agentes socioambientais capazes de notar irregularidades existentes no dia a dia. 

Em casos de calamidade, os monitores estão preparado para orientar corretamente os moradores, evitando perdas. Durante o processo, as turmas, de 20 alunos em média, aprendem técnicas de primeiros socorros, têm aulas teóricas sobre defesa civil, sociologia, climatologia, geografia, cidadania, geologia, além de estudar a história da própria cidade. 

Rodas de discussão abertas à comunidade e encontros dos alunos com lideranças locais também fazem parte da programação do Mãos à Obra, criado pela Superintendência de Educação Ambiental da Secretaria de Estado do Ambiente (Seam/SEA). 

A última etapa do Programa teve a criação do Núcleo de Proteção e Defesa Civil Comunitário (NUPDEC), em cada uma das regiões contempladas em uma tentativa de dar continuidade às ações que beneficiam a comunidade; e a criação do Plano de Ação Comunitário de Prevenção e Enfrentamento de Acidentes e Desastres Naturais. As rotas de fuga e os pontos de apoio fazem parte da construção desse plano de enfrentamento, criado pelos próprios alunos com a ajuda de integrantes da Defesa Civil Municipal.

O NUPDEC é formado por pessoas que conhecem o território e estão aptas a prestar o devido socorro quando necessário. Em caso de chuva forte, monitores recebem mensagem de alerta e em seguida percorrem as casas, fazendo a evacuação da área, caso necessária, usando rotas de fuga previamente estabelecida. Em período de normalidade, o Núcleo tem o papel de criar ações informativas para a comunidade.

“O Plano de Enfrentamento de Desastres Naturais foi construído por membros do NUPDEC. Todos os conhecimentos que passamos na formação desses monitores socioambientais serviram para que eles tivessem o conhecimento de proteção e defesa civil. Nesse segundo semestre, o Núcleo irá propagar essas informações para igrejas, escolas, clubes da região, a fim de multiplicar essas ações de proteção à vida”, afirmou Marcelo Bodart, coordenador de Defesa Civil.


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