9 de dezembro de 2013

Moradores de Teresópolis ganham kits para orientar evacuação em caso de desastres naturais


Os monitores socioambientais passaram de casa em casa
entregando os kits na mãos nos moradores
Foto: Larissa Amorim/ComunicaSeam
Leslie Assis - Os monitores socioambientais do Programa Mãos a Obra, participaram no último sábado (06/12), da Caminhada pela Vida, promovida pela Superintendência de Educação Ambientel da Secretaria de Estado do Ambiente (Seam/SEA), em Teresópolis. O objetivo da caminhada foi distribuir kits de desocupação, contendo itens como: ímãs de geladeira com orientações para desocupação imediata, como por exemplo, desligar o gás e a luz para evitar o risco de explosões, capas de chuva e uma pasta plástica com vedação impermeável para que as pessoas possam guardar seus documentos e carregá-los em situações emergenciais.

Os Moradores do Bairro da Posse, Cascata do Imbuí, Campo Grande, Granja Florestal e Arrileiro, foram os primeiros a receberem os kits. De acordo com o orientador local, Marcio Fernandes, essas áreas foram as mais atingidas no desastre em 2011, e ainda hoje, são consideras áreas de risco. “Infelizmente, não há como desocupar essas áreas, por isso, os monitores foram preparados para agir em caso de necessidade de uma evacuação, uma vez que eles também moram nesses bairros”, salienta.  

Os monitores socioambientais foram divididos em grupo e passaram de casa em casa. Eles entregaram o Kit de emergência familiar em cada residência e fizeram uma breve explicação ao morador sobe os procedimentos a serem tomados numa emergência.  Posteriormente os moradores também receberão o mapa e mais informações sobre rotas de fuga e o lugar para onde deve se dirigir em caso de alarme (pontos de apoio).  

Ao longo de 18 meses, a mobilização da comunidade incluiu a capacitação de 60 monitores socioambientais, através de um curso de 200 horas, dado pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), executora do Programa Mãos à Obra. Esses monitores assumiram o protagonismo na instalação de Núcleos de Proteção e Defesa Civis (NUPDECs), também comunitários, que também receberam da SEAM/SEA outros kits, com capas de chuvas, lanternas e apitos – materiais básicos para a desocupação–, além de treinamentos específicos com noções em emergências pré-hospitalares, sistema de alerta e alarme, e procedimentos de evacuação.

Segundo Isabella Palmie, tutora do Programa pela Uerj, o curso levantou a autoestima dos monitores. “No inicio do curso, eles choravam muito, eles estavam diretamente envolvidos com o ocorrido. Eles tiveram acompanhamento com psicóloga, assistente social, e hoje, eles estão mais unidos e preparados para agir”, enfatiza.

Além do curso, a mobilização incluiu o convite a lideranças do município para participarem dos Ateliês do Pensamento (jantares comunitários, onde se discutiam os temas e encaminhamentos do processo de construção dos Planos) e de um encontro chamado Feijão Amigo (momento de confraternização, de compartilhamento dos conteúdos aprendidos no curso de capacitação e de mobilização para as ações de prevenção e enfrentamento de acidentes e desastres naturais, realizado aos sábados).

Para Tereza Raitz, moradora ativa de Campo Grande, o Programa Mãos à Obra, deve continuar, pois o trabalho que os monitores fazem é muita importância para salvar vida caso haja outro desastre. “Sempre participo do ateliê do pensamento e do Feijão Amigo, esse dialogo com a comunidade e o treinamento dos agentes que são moradores dessas áreas, conscientiza a organização dos moradores para reivindicar nossos direitos e acima de tudo, possibilita a nossa sobrevivência”, desabafa.

Veja as fotos na Fan Page do Programa:

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