Secretaria e Instituto do Ambiente do Rio de Janeiro participam do evento, promovendo ações educativas que atrairam público diversificado
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Casais heterossexuais não só participaram, como também apoiaram as reivindicações da comunidade LGBT na Parada LGBT 2013 (Foto: Eduardo Peralta) |
Em seguida, o músico José Francisco Rocha, de Belo Horizonte, fotografou os estandes da SEA e comentou: “achei muito bacana essa defesa do respeito a todos os humanos por parte da Secretaria do Ambiente. Vou mostrar para o pessoal lá de Minas”.
As atividades promovidas nos estandes, pela manhã, antes dos trios elétricos iniciarem o percurso pela orla, atraíram um público bem diversificado para o evento. “São famílias que começam a entender que o respeito à natureza e ao cidadão andam juntos”, disse Julio Moreira, presidente do Grupo Arco-Iris, que organiza a Parada junto ao Instituto Arco-Iris.
Esse ano, além da festa, a Parada buscou conscientizar a população a respeito dos direitos de cidadania de lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, travestis. O próprio tema – Somos Milhões de Vozes – foi escolhido com o intuito de indicar que a comunidade LGBT tem reivindicações a fazer.
“Nós aproveitamos o mote das manifestações que vêm ocorrendo em todo o país. Se a sociedade acordou para protestar contra corrupção, a comunidade LGBT também precisa acordar e se unir, numa única voz, para derrubar o preconceito”, disse Júlio.
Ao longo das quase oito horas de Parada, houve vários discurssos, em que foram apontados os avanços obtidos em políticas públicas e garantias de direitos civis à população LGBT e denunciada a alta incidência de crimes de homofobia no Brasil.
O secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, anunciou que na próxima semana será votado na Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), o projeto de lei 2.054/2013, para punir estabelecimentos e agentes públicos que façam discriminação em razão da orientação sexual e identidade de gênero. O PL é uma atualização da lei 3406/2000, de autoria do atual secretário, que vigorou por 12 anos, “fazendo com que vários estabelecimentos mudassem sua posição retrógrada”, segundo Minc.
O tema da diversidade sexual e de gênero tem sido trabalhado de modo transversal em quase todos os projetos da SEA, e de forma mais específica no Ambiente Saudável é Ambiente sem Homofobia, que integra o programa Ambiente em Ação, da Superintendência de Educação Ambiental. A ideia deste programa é mostrar as diferentes interfaces que a educação ambiental tem com a comunidade LGBT.
Superintendente de Educação Ambiental, Lara Moutinho da Costa, comentou a participação da Seam/SEA no evento: “Nós defendemos uma sociedade mais democrática, promovedora da diversidade. Padronizar a sociedade, a partir do comportamento de um grupo dominante, leva ao preconceito, à discriminação, à violência. O papel da educação ambiental é criar uma nova cultura de respeito e tolerância", explicou.
Participando pela primeira vez do evento, a Superintendência de Território e Cidadania (STC/SEA) apresentou seus projetos Fábrica Verde, EcoBuffet, e EcoModa. Esse último promoveu um desfile com moradores do morro da Mangueira vestindo roupas e acessórios fabricados a partir de materiais reciclados.
Carlos Minc também falou da importância da participação da sociedade no evento: “No início eram mil pessoas. Hoje somos um milhão. Tudo que conseguimos nesses 18 anos foi graças a quem teve coragem de vir à rua e dar a cara a tapa”, disparou o secretario estadual de ambiente.
Veja as fotos na Fan Page - Ambiente em Ação
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