3 de outubro de 2012

Blitz ambiental multa empresas em Duque de Caxias

Gerente de empresa interditada foi detido e responderá por crime ambiental que poderá resultar em multa de até dois milhões de reais

A empresa Montman foi multada e interditada por  
despejo de óleo no Rio Calombé (Foto: Luiz Morier)

Victor Vicente - Uma operação da Coordenadoria Integrada de Combate aos Crimes Ambientais (Cicca), da Secretaria de Estado do Ambiente, realizada nessa quarta-feira, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, identificou e multou seis empresas por despejar óleo combustível e produtos químicos no Rio Calombé. Durante a ação, uma empresa foi interditada.

De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria de Estado do Ambiente, a empresa Montman Serviços e Reparos Marítimos e Terrestres, que realiza a limpeza de caminhões tanque de combustíveis, foi a que mais sofreu punições, sendo interditada e multada por operar sem licença ambiental, vencida desde julho de 2011, e por poluir o rio com óleo combustível. O gerente da empresa, Marcos Grilo, foi detido e conduzido à Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA), onde irá responder por crime ambiental.

– A empresa que interditamos hoje economizou 30 caminhões de sucção, a R$ 800,00 cada um, num total de R$ 24 mil, e vai arder em pelo menos R$ 2 milhões em multa –, disse o secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc.

Outras cinco empresas que fazem a limpeza de caminhões tanque também foram notificadas e multadas por descumprir condicionantes da licença ambiental, como não promover a limpeza da caixa reparadora de água e óleo.

Segundo o secretário Carlos Minc, as empresas que forem apontadas como poluidoras do rio terão de bancar os custos para a sua despoluição, que pode chegar a R$ 50 milhões.

– O Rio Calombé está com 5 km de percurso completamente contaminados. Essas empresas que estão poluindo o rio terão de bancar sua despoluição, estimada em R$ 20 milhões –, afirmou Minc.

A operação teve apoio da Secretaria de Estado de Segurança, de policiais da Delegacia de Proteção ao Ambiente (DPMA), do Comando de Polícia Ambiental (CPAm), de técnicos do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e da prefeitura de Duque de Caxias.

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