6 de junho de 2014

Lançado o projeto inédito de recuperação das Lagoas da Barra e Jacarepaguá

Modelo de obra sustentável irá revitalizar o complexo lagunar e beneficiar a balneabilidade na Praia da Barra


O uso de  'Geobags' servindo de base para construção da 
ilha parque reduzirá o impacto ambiental da obra. Foto Bruno
Leslie Assis - O Parque dos Atletas, na Barra da Tijuca foi palco da solenidade em comemoração ao Dia Nacional do Ambiente, nesta quinta feira (05/06). O governador Luíz Fernando Pezão e o secretário do Ambiente Carlos Portinho assinaram a ordem de execução do processo de recuperação ambiental do sistema lagunar da Barra e Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio.  O projeto faz parte do compromisso firmado com o Comitê Olímpico Internacional para os jogos de 2016, e tem como destaque a iniciativa inédita no país: a criação de uma ilha-parque sustentável.  Estiveram presentes, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes; a presidente do Inea, Isaura Frega; o Subsecretário de Projetos e Intervenções Especiais, Antônio da Hora; o presidente da Cedae, Wagner Victer e o presidente da Câmara da Barra da Tijuca Delair Dumbrosck.

Considerado um dos grandes tesouros ambientais e paisagístico do estado, o sistema lagunar é composto pelo canal da Joatinga e pelas lagoas da Tijuca, Camorim, Jacarepaguá e Marapendi, totalizando 15 km de extensão.  Porém, apesar de sua importância, a bacia hidrográfica vem sendo ocupada a várias décadas de forma desordenada, fazendo do complexo um recipiente de esgoto doméstico, e resíduos sólidos. Vários trechos se encontram assoreados, dificultado as trocas hídricas entre o mar e a lagoa permitindo a ploriferação de algas tóxicas. 

“Essa é uma demanda antiga de moradores e empresários da região, assim como de ambientalistas. O projeto é a concretização de anos de luta pela recuperação do local. A estimativa é que em cinco meses as máquinas de dragagem já estejam prontas para operação”, explicou o secretário Carlos Portinho.

Três milhões de metros cúbicos de sedimentos, serão dragados do fundo das próprias lagoas da região e armazenados em ‘geobags’ - cápsulas têxteis que filtram o liquido e retêm os resíduos sólidos -, servirão de base para a construção da ilha que contará com asfalto ecológico, ciclovias, quadras esportivas e jardins, além de um centro de referência ambiental, onde funcionará um núcleo de estudos avançados dedicado as ações de manejo, integrado por especialistas de universidades, da SEA e do Instituto Estadual do Ambiente (Inea).

Segundo Portinho, a conclusão do projeto ampliará a capacidade de renovação de suas águas, da recomposição dos manguezais e vegetação nativa, além da profundidade das lagoas, variando entre de 1,5m a 3,5m, estimulando a navegabilidade em todo o complexo. “No início de 2015 a população do Rio, em especial da Barra, poderá evidenciar o início dessas melhoras”, afirmou .

O modelo desta obra também reduzirá significativamente o impacto no ambiente ao utilizar o material resultante da drenagem para construção da ilha ao invés de transportar os resíduos para o aterro sanitário de Seropédica. “Seriam necessários pelo menos 150 caminhões percorrendo um trajeto de 55km, na Avenida Brasil, provocando mais congestionamento no trânsito e emitindo monóxido de carbono em excesso na atmosfera”, enfatizou Antônio da Hora, subsecretário e coordenador do projeto. 

Para favorecer a pesca, e beneficiar a balneabilidade da praia da Barra, altura do Pêpê, o  processo de recuperação inclui ainda, a ampliação da extensão do quebra-mar da Barra, em 180 metros, o que evitará o assoreamento na embocadura do canal da Joatinga, provocado pelo acumulo de areia da praia.

Os investimentos para as intervenções são de R$ 672 milhões: sendo R$ 472 milhões financiados pelo Banco do Brasil e os R$ 271 milhões restantes do Fundo Estadual de Conservação Ambiental (Fecam).



Um comentário:

Unknown disse...

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