26 de novembro de 2013

II Fórum Elos de Cidadania: a escola na gestão ambiental pública


Educadores se reúnem para discutir o papel da escola no ambiente e propor novas diretrizes para o texto final da Carta reivindicatória



 Fábio Leite,  coord. do Programa Elos de Cidadania, (ao meio),
mediou as palestras dos professores Rodrigo Lamosa, (a esq.)
 Marco Lamarão (a dir.) - Foto: Eduardo Peralta/ComunicaSeam  
 Leslie Assis - “Não basta saber ler que a Eva viu a uva. É preciso compreender qual a posição que Eva ocupa no seu contexto social, quem trabalha para produzir a uva e quem lucra com esse trabalho”. Essa reflexão de Paulo Freire, tido como uma referência fundamental na educação, poderia ser a síntese do II Fórum Elos de Cidadania - o público, o privado e a democracia na escola pública, promovido pela Superintendência de Educação Ambiental da Secretaria de Estado do Ambiente (Seam/SEA), no dia 1º de novembro, no Cefet/Maracanã, no Rio. 

O objetivo do Fórum, aberto pela superintendente de Educação Ambiental da SEA, Lara Moutinho da Costa, foi promover novas discussões sobre a função social da escola pública e como ela pode participar efetivamente da gestão ambiental pública. “É um grande desafio no país, onde esse tipo de participação está começando agora. Estamos há 15 anos fomentando isso.  A sociedade pode e deve participar da tomada de decisão sobre assuntos que dizem respeito ao território ao qual ela pertence”, argumenta Lara Moutinho da Costa.

Os professores Rodrigo Lamosa, da rede municipal de Duque de Caxias e pesquisador da FE/UFRJ e Marco Lamarão, da rede municipal de Itaboraí e pesquisador FE/UFRJ, participaram como debatedores convidados e abordaram os temas “A autonomia pedagógica e a relação público-privado na escola pública” e “A democracia na escola pública”, respectivamente. Assista . 

Fábio Leite, coordenador do Programa Elos de Cidadania, da Seam/SEA, explica que os fóruns servem também para estimular reflexões que contribuirão para a redação do texto final da Carta Elos de Cidadania - um manifesto coletivo de educadores do Estado do Rio de Janeiro, pelo fortalecimento da escola pública e dos seus espaços democráticos internos e pelo seu protagonismo na gestão ambiental do território em que está inserida. 

O texto-base da Carta foi formulado no âmbito do Elos de Cidadania, programa que atua em escolas de 15 municípios do Rio de Janeiro e tem como objetivo o desenvolvimento e o fortalecimento de ações coletivas voltadas para o controle social, o enfrentamento das vulnerabilidades socioambientais e a gestão participativa de águas e florestas da Mata Atlântica.

“Essas reivindicações visam transformar a Carta em um documento político para os educadores ambientais, como instrumento de luta. Nós estamos comprometidos com a educação em defesa da escola pública”, explica Lara Moutinho da Costa.

Segundo Fábio Leite, a Carta se divide em duas partes: na primeira, os educadores questionam o Estado pela falta de estrutura e condições para praticar uma educação ambiental que seja participativa e exerça de fato o controle social sobre o território. “Como podemos pedir ao professor para participar, por exemplo, de um Comitê de Bacia, se ele não tem carga horária cedida para esse fim e se não existe uma estrutura ou qualquer anteparo financeiro que dê condições para esse educador exercer sua cidadania plenamente?”, argumenta.  

Na segunda parte, estão os compromissos que, a partir das reivindicações atendidas, os educadores assumem com relação à escola e ao seu trabalho, tendo a comunidade escolar como sujeito no processo participativo em sua localidade.

O texto da Carta pode ser acessado em:

Um comentário:

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