18 de junho de 2013

Samba da Maré completa cinco anos

Flor Jacq / Ascom SEA

Está enganado quem acha que os moradores de comunidades populares estão sentados em casa, esperando o poder público criar uma cultura de paz, onde seja possível se expressar. É nesse contexto que nasceu o Samba da Maré.

Vinculado ao Museu da Maré, o projeto reúne música – clássicos do samba e canções de jovens compositores do Complexo da Maré e de outros bairros do subúrbio do Rio, como Olaria e Irajá – e intervenções socioculturais – exposições fotográficas, de artes plásticas e peças teatrais.

Assim como no musical Opinião (1964/82 - RJ), o Samba da Maré procura destacar a arte popular de resistência. Por aqui, no entanto, é o morro quem convida o asfalto para entrar no teatro da comunidade e conhecer de perto as alegrias e tristezas tão cantadas.

Ao som de tantãs, pandeiros, cavacos e violões, o público é chamado a viajar pelos aspectos positivos e negativos das 16 comunidades que formam o complexo de favelas da Maré e de tantos outras da Zona Norte do Rio.

O evento acontece desde novembro de 2008 e, além dos artistas locais, recebeu convidados como Leandro Sapucahy, Bateria da União da Ilha – com seu intérprete oficial, Ito Melodia –Thiago Thomé, Bateria da Mangueira, Chiquinho Vírgula, João Martins, Renato Milagres, Juninho Thybau, Renato da Rocinha, Grupo Opaxorô, Bruno Sales, Rony do Grupo Referências e outros.

O Samba da Maré quer remar na direção da maré, cruzando os mares que resgatam a nossa cultura musical, mostrando que não só de páginas policiais vive o subúrbio carioca. O cenário é o primeiro museu de favelas do Brasil, o Museu da Maré, já visitado por cerca de 30 mil pessoas, reconhecido internacionalmente e ganhador de diversos prêmios de cultura no país.

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