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A Copa do Mundo de 2014 tem como grande objetivo construir um legado ambiental (Foto: Reprodução da Internet) |
Jade Curvello – Com a proximidade da Copa do Mundo de
2014, além da necessidade de cumprir prazos, o Brasil terá mais um desafio:
seguir, com sucesso, o legado ambiental deixado pela Copa do Mundo da África do
Sul de 2010. O país africano foi destaque mundial devido ao seu desempenho
positivo no que diz respeito às questões sustentáveis.
Um relatório sobre o desempenho ambiental
do país africano foi divulgado no último dia 9, pelo Programa da ONU para o
Meio Ambiente (PNUMA), e nele, são exaltadas as ações verdes implantadas no
evento.
Dentre as alternativas bem sucedidas na
última edição da Copa, e que devem ser adotadas em território nacional, estão
os projetos de energia renovável, como o uso da energia solar, a conservação da
água nos estádios, através da construção de reservatórios para captação do
recurso proveniente da chuva, e a melhoria dos sistemas de transportes, com o
BRT (Transporte Rápido por Ônibus).
Segundo o
professor do Instituto de Química da Uerj, Fernando Altino, a busca por padrões
mais sustentáveis sempre envolve mudanças de comportamento, e os eventos
contribuirão de forma positiva para isso.
– É
importante que o estado exija a prática de ações ambientais em eventos
culturais e esportivos, pois são nessas ocasiões que para muitas pessoas, serão
feitos os primeiros contatos com alternativas interessantes do ponto de vista
ambiental – disse Fernando.
Alternativas sustentáveis
A criação da campanha Passaporte Verde é
uma ideia que promete servir como um guia com informações e orientações sobre a
prática do turismo sustentável. Ele consiste tanto no planejamento da viagem,
quanto no transporte utilizado para realizá-la. O Passaporte Verde tem como
objetivo estimular que não só os turistas, mas os próprios torcedores adotem
práticas sustentáveis, respeitando o ambiente e favorecendo a economia local.
Fernando, que
também é doutor em Meio Ambiente acredita que o Passaporte Verde seja uma
medida benéfica, no entanto, teme quanto a sua implementação.
– Todas as
iniciativas relacionadas a sustentabilidade que são relacionadas aos grandes
eventos têm um peso positivo, porém se serão eficientes, dependerá muito da
forma como serão implementadas – analisa.
O tatu-bola,
escolhido como mascote do Mundial do Brasil em 2014, está entre as espécies que
correm o risco de desaparecer. A estratégia que coloca em evidência o tatu-bola
faz com que o interesse da população sobre essa questão aumente, e que a
proteção sobre tantas outras espécies também seja defendida.
As propostas do governo em parceria com a
PNUMA constroem um caminho de incentivo à conscientização ambiental da
população. Fernando Altino exalta o papel da educação ambiental nessa mudança.
– É fundamental que se aproveite a
energia positiva dos eventos para apresentar e internalizar as boas práticas
sustentáveis – conclui o professor.
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