18 de dezembro de 2013

Projeto do Espaço Sagrado será apresentado ao público

Secretaria de Estado do Ambiente homenageia Mandela e apresenta à população ações de combate à intolerância religiosa e ao racismo ambiental


O Largo da Carioca, no Centro do Rio de Janeiro, será palco nesta quinta-feira, dia 19/12, às 10h, de uma homenagem da Secretaria de Estado do Ambiente (SEA) ao líder sul-africano Nelson Mandela por sua luta pela liberdade e igualdade de direitos, e contra toda forma de discriminação.

O secretário Carlos Minc apresentará a maquete do primeiro Espaço Sagrado público voltado para religiões de matriz africana, que está sendo criado na área conhecida como Curva do S, no Alto da Boa Vista, área externa do Parque Nacional da Tijuca (PNT).


Há mais de 15 anos, as religiões de matriz africana reivindicam o direito de continuar utilizando o espaço da Curva do S – que não pertence ao PNT mas está sob sua influência legal - para depositar suas oferendas, já que a água e a floresta são elementos essenciais para o candomblé e a umbanda.

Além da intervenção arquitetônica na área, a partir da inauguração do Espaço Sagrado os visitantes - religiosos ou não (inclusive turistas) - passarão a receber orientações, serão implementados a  coleta regular e o tratamento de resíduos religiosos, assim como ocorrerão eventos culturais e oficinas educativas naquele espaço.

A intervenção prevista na Curva do S será mínima, prevalecendo o principal valor: a natureza local. O conceito é do acesso universal e para tal, serão construídas rampas para facilitar o acesso de idosos e cadeirantes.

A implantação do Espaço Sagrado se insere no âmbito da gestão compartilhada do PNT entre o poder público federal, estadual e municipal, em um diálogo com as lideranças religiosas articulado pelo Programa Ambiente em Ação/Elos da Diversidade.

O Programa, da Superintendência de Educação Ambiental da SEA, articula lideranças dos povos e comunidades de terreiro do Estado do Rio de Janeiro – reunidas no Conselho de Guardiões do Sagrado e da Natureza - para resgatar saberes tradicionais e promover ações que garantam a diversidade cultural e biológica.



Fonte: ComunicaSeam

13 de dezembro de 2013

Programa Estadual de Educação Ambiental (ProEEA) do Rio de Janeiro é apresentado em audiência pública

Após um processo de elaboração e discussões iniciado em 2009, que mobilizou centenas de educadores, será apresentado em audiência pública o texto final do Programa Estadual de Educação Ambiental (ProEEA) do Rio de Janeiro



O Estado do Rio de Janeiro está mais próximo de ganhar um Programa Estadual de Educação Ambiental (ProEEA), que visa orientar o conjunto das políticas públicas de Educação Ambiental para o Estado. Hoje, 13 de dezembro, será apresentada na SEEDUC, em audiência pública, a versão final do texto do ProEEA que vem sendo construída desde 2009. Após ter o seu conteúdo aprovado nesta audiência pública e no Conselho Estadual de Meio Ambiente (Conema),  o Programa entrará em vigor.

O Programa é fruto de um processo político e institucional que começou com a criação da  Lei nº 3.325, em 17/12/1999, que instituiu a Política Estadual de Educação Ambiental e constituiu como responsável pela criação do Programa o Grupo Interdisciplinar de Educação Ambiental (GIEA).

Como responsável pela condução desse processo, o GIEA iniciou o processo de criação coletiva do Programa com a elaboração de um texto base em 2009, que foi discutido de 2010 a 2011 por mais de 400 educadores do Estado do Rio de Janeiro, através de oito seminários regionalizados, envolvendo os 92 municípios do Estado.

Nesse processo, o texto recebeu várias emendas, muitas das quais, após serem analisadas pelo GIEA, foram incorporadas à versão final do Programa que será apresentada hoje. 

Entre as principais diretrizes estabelecidas na versão final do ProEEA, se encontram: a participação e o controle social;  a descentralização, territorialização e compartilhamento; o respeito e a valorização da diversidade cultural; o respeito e cuidado a todas as formas de vida; a transversalidade;  o fortalecimento da Educação Ambiental no Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA); o fortalecimento da Educação Ambiental no sistema de ensino público, gratuito e laico, e a transparência.

Participaram da construção do Programa a Superintendência de Educação Ambiental da Secretaria de Estado do Ambiente (SEAM/SEA), a Secretaria de Estado de Educação (SEEDUC), a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), o Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ), a Rede Estadual de Educação Ambiental (REARJ), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), e o Coletivo Jovem de Meio Ambiente do Rio de Janeiro (CJRJ).

Fonte: ComunicaSeam

9 de dezembro de 2013

Moradores de Teresópolis ganham kits para orientar evacuação em caso de desastres naturais


Os monitores socioambientais passaram de casa em casa
entregando os kits na mãos nos moradores
Foto: Larissa Amorim/ComunicaSeam
Leslie Assis - Os monitores socioambientais do Programa Mãos a Obra, participaram no último sábado (06/12), da Caminhada pela Vida, promovida pela Superintendência de Educação Ambientel da Secretaria de Estado do Ambiente (Seam/SEA), em Teresópolis. O objetivo da caminhada foi distribuir kits de desocupação, contendo itens como: ímãs de geladeira com orientações para desocupação imediata, como por exemplo, desligar o gás e a luz para evitar o risco de explosões, capas de chuva e uma pasta plástica com vedação impermeável para que as pessoas possam guardar seus documentos e carregá-los em situações emergenciais.

Os Moradores do Bairro da Posse, Cascata do Imbuí, Campo Grande, Granja Florestal e Arrileiro, foram os primeiros a receberem os kits. De acordo com o orientador local, Marcio Fernandes, essas áreas foram as mais atingidas no desastre em 2011, e ainda hoje, são consideras áreas de risco. “Infelizmente, não há como desocupar essas áreas, por isso, os monitores foram preparados para agir em caso de necessidade de uma evacuação, uma vez que eles também moram nesses bairros”, salienta.  

Os monitores socioambientais foram divididos em grupo e passaram de casa em casa. Eles entregaram o Kit de emergência familiar em cada residência e fizeram uma breve explicação ao morador sobe os procedimentos a serem tomados numa emergência.  Posteriormente os moradores também receberão o mapa e mais informações sobre rotas de fuga e o lugar para onde deve se dirigir em caso de alarme (pontos de apoio).  

Ao longo de 18 meses, a mobilização da comunidade incluiu a capacitação de 60 monitores socioambientais, através de um curso de 200 horas, dado pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), executora do Programa Mãos à Obra. Esses monitores assumiram o protagonismo na instalação de Núcleos de Proteção e Defesa Civis (NUPDECs), também comunitários, que também receberam da SEAM/SEA outros kits, com capas de chuvas, lanternas e apitos – materiais básicos para a desocupação–, além de treinamentos específicos com noções em emergências pré-hospitalares, sistema de alerta e alarme, e procedimentos de evacuação.

Segundo Isabella Palmie, tutora do Programa pela Uerj, o curso levantou a autoestima dos monitores. “No inicio do curso, eles choravam muito, eles estavam diretamente envolvidos com o ocorrido. Eles tiveram acompanhamento com psicóloga, assistente social, e hoje, eles estão mais unidos e preparados para agir”, enfatiza.

Além do curso, a mobilização incluiu o convite a lideranças do município para participarem dos Ateliês do Pensamento (jantares comunitários, onde se discutiam os temas e encaminhamentos do processo de construção dos Planos) e de um encontro chamado Feijão Amigo (momento de confraternização, de compartilhamento dos conteúdos aprendidos no curso de capacitação e de mobilização para as ações de prevenção e enfrentamento de acidentes e desastres naturais, realizado aos sábados).

Para Tereza Raitz, moradora ativa de Campo Grande, o Programa Mãos à Obra, deve continuar, pois o trabalho que os monitores fazem é muita importância para salvar vida caso haja outro desastre. “Sempre participo do ateliê do pensamento e do Feijão Amigo, esse dialogo com a comunidade e o treinamento dos agentes que são moradores dessas áreas, conscientiza a organização dos moradores para reivindicar nossos direitos e acima de tudo, possibilita a nossa sobrevivência”, desabafa.

Veja as fotos na Fan Page do Programa:

6 de dezembro de 2013

Moradores da Região Serrana ganham kits para orientar evacuação em caso de desastres naturais

Secretaria do Ambiente promove Caminhada pela Vida, com a distribuição de kits em Nova Friburgo, Petrópolis e em Teresópolis para auxiliar e orientar a desocupação emergencial de moradores em situações de risco


Moradores de áreas de risco em Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo passarão a contar com mais um aliado no enfrentamento e prevenção de desastres naturais. A partir deste sábado, dia 07/12, a Secretaria de Estado do Ambiente (SEA), fará a distribuição de kits de desocupação, contendo itens como: ímãs de geladeira com orientações para desocupação imediata, capas de chuva e uma pasta plástica com vedação impermeável para que as pessoas possam guardar seus documentos e carregá-los em situações emergenciais.

Na Caminhada pela Vida, monitores socioambientais e voluntários capacitados pelo Programa Mãos à Obra, da Superintendência de Educação Ambiental (Seam/SEA), percorrerão os bairros de Posse e Cascata do Imbuí, em Teresópolis; de Córrego D’antas, em Nova Friburgo; e Gentio e Benfica, em Itaipava, para entregar os kits nas casas de moradores que vivem em áreas de risco. 

O ímã contém orientações para desocupação imediata (lembrar, por exemplo, de desligar o gás para evitar o risco de explosões, bem como a eletricidade; de levar o kit de desocupação a fim de garantir a guarda e preservação de documentos familiares e ainda os procedimentos para o retorno às residências). Os moradores também receberão informações sobre rotas de fuga e o lugar para onde devem se dirigir em caso de alarme (pontos de apoio).  

A Caminhada pela Vida faz parte da mobilização para a disseminação dos “Planos de Ação Comunitários de Prevenção e Enfrentamento de Acidentes e Desastres Naturais”, desenvolvidos pela Superintendência de Educação Ambiental da SEA após as chuvas de 2011, maior evento climático até hoje registrado no Brasil. 
Alguns dos diferenciais desses planos foram o de ter identificado e trabalhado dois tipos de risco – hidrológico (risco de enchentes) e geológico (escorregamento de massa) – e de ter sido construído, de forma participativa, com moradores da Região Serrana, maiores conhecedores dos territórios em questão.

Ao longo de 18 meses, a mobilização da comunidade incluiu a capacitação de 60 monitores socioambientais, através de um curso de 200 horas, dado pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), executora do Programa Mãos à Obra. Esses monitores assumiram o protagonismo na instalação de Núcleos de Proteção e Defesa Civis (NUPDECs), também comunitários, que também receberam da SEAM/SEA outros kits, com capas de chuvas, lanternas e apitos – materiais básicos para a desocupação–, além de treinamentos específicos com noções em emergências pré-hospitalares, sistema de alerta e alarme, e procedimentos de evacuação.

Além do curso, a mobilização incluiu o convite a lideranças de Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo para participarem dos Ateliês do Pensamento (jantares comunitários, onde se discutiam os temas e encaminhamentos do processo de construção dos Planos) e de um encontro chamado Feijão Amigo (momento de confraternização, de compartilhamento dos conteúdos aprendidos no curso de capacitação e de mobilização para as ações de prevenção e enfrentamento de acidentes e desastres naturais, realizado aos sábados).


PROGAMAÇÃO

07 de dezembro (sábado)

Teresópolis: Pólo Posse – Campo Grande- Cascata do Imbuí
Ponto de encontro: Escola Municipal Prof. João Adolpho Jossetti
Estrada José Arthur Jossetti, 355 - Posse 
Horário de início: 10:00h
Duração prevista: 3 horas (previsão de término 13:00h)

Nova Friburgo: Pólo Córrego D’antas
Ponto de encontro: Colégio Estadual Etelvina Schottz 
Rua Urbano Antônio Bachini, s/n – Córrego D’antas
Horário de início: 10:00h
Duração prevista: 2 horas e 30 min. (previsão de término 12:30h)

10 de dezembro (terça-feira)

Petrópolis: Pólo Itaipava
Ponto de encontro: Entrada da Estrada do Gentio, próximo a Estrada das Arcas (chamada Santa Clara)
Horário de início: 9:00h
Duração prevista: 5 horas 

Fonte: ComunicaSeam

4 de dezembro de 2013

Carta Elos: aprovado o texto final

Educadores participam da plenária do III Fórum Elos de Cidadania – A escola pública na gestão ambiental e aprovam a versão  final da Carta Elos de Cidadania



    
As propostas foram votadas abertamente - foto Larissa Amorim
Leslie Assis - “Sonho que se sonha só é só um sonho  que se sonha só, mas sonho que se sonha junto é  realidade”. Seria essa a música que Raul Seixas  cantaria ao final da plenária do III Fórum Elos de  Cidadania – A escola pública na gestão ambiental. No evento, realizado dia  29 de  novembro, na UERJ, pela Superintendência de Educação Ambiental da Secretaria de Estado do Ambiente (Seam/SEA), foi votado e aprovado o texto final da Carta Elos de Cidadania pelos educadores presentes.


A Carta Elos de Cidadania é um manifesto coletivo de educadores que atuam no Programa Elos de Cidadania, da Seam, e de gestores ambientais do Estado do Rio de Janeiro, em prol do fortalecimento da escola pública e de seus espaços democráticos internos e pela participação ativa da escola pública na gestão ambiental do território em que está inserida. “É a comunidade escolar reivindicando espaço para participar das decisões que afetam o território e das políticas públicas que dizem respeito à realidade local”, enfatiza Lara Moutinho da Costa, superintendente de Educação Ambiental da SEA.

O texto-base da Carta foi formulado no âmbito do Elos de Cidadania, Programa Seam/SEA, que atua em escolas de 15 municípios do Rio de Janeiro junto a mais de 200 docentes participantes e que já formou cerca de seis mil alunos. Seus principais objetivos são o desenvolvimento e o fortalecimento de ações coletivas voltadas para o controle social, o enfrentamento das vulnerabilidades socioambientais e a gestão participativa de águas e florestas da Mata Atlântica.

Segundo Fábio Leite, coordenador do Programa Elos de Cidadania, a Carta se divide em duas partes: na primeira, os educadores questionam o Estado pela falta de estrutura e condições para praticar uma educação ambiental que seja participativa e exerça de fato o controle social sobre o território. “Como podemos pedir ao professor para participar, por exemplo, de um Comitê de Bacia, se ele não tem carga horária cedida para esse fim e se não existe uma estrutura ou qualquer anteparo financeiro que dê condições para esse educador exercer sua cidadania plenamente?”, argumenta. 

Na segunda parte, estão os compromissos que, a partir das reivindicações atendidas, os educadores assumem com relação à escola e ao seu trabalho, tomando a comunidade escolar como um sujeito dos processos participativos de sua localidade.

O envio de propostas foi feito, inicialmente, através da internet: mesmo à distância, especialistas da área de educação ambiental puderam dar suas contribuições, e algumas delas foram aprovadas. “Alguns professores, que não puderam estar no I Fórum, participaram online e hoje estiveram aqui aprovando presencialmente a Carta”, lembrou Fábio Leite, enfatizando a importância da internet na consolidação desse documento.

Ainda segundo o coordenador, a participação dos educadores ocorreu de várias maneiras, não se restringindo à internet ou aos fóruns. “Nós abrimos todas as formas de proposição, seja via telefone, pessoalmente na sala do Elos, ou mesmo nas escolas através de debates.

Recebemos todas as propostas, mas os profissionais de educação que aqui estiveram é que decidiram o que entraria e o que não. Esse foi o ponto chave do nosso trabalho”, enfatiza Fábio.

“A participação do educador na construção desse documento foi fundamental para que ele tivesse força política. Se fosse construído somente por nós, o documento não teria a força que tem agora, porque houve um aprimoramento detalhado nas propostas e foi criado, assim, um documento oficial de luta”, explicou Fábio.

O orientador do Elos em Petrópolis, professor Guilherme Silveira,  participou ativamente da construção da Carta e está satisfeito com o resultado. “Estive em todos os fóruns, divulguei pela internet para que meus colegas pudessem participar e acrescentar outras propostas. A Carta aprovada explicita exatamente o que eu penso, além de ser nosso instrumento político de luta”.

De acordo com a superintendente de Educação Ambiental Lara Moutinho da Costa, o texto base da carta, quando ainda estava em consulta pública, foi encaminhado aos Ministérios do Meio Ambiente e da Educação por suas coordenações de educação ambiental. “Agora iremos reencaminhar a Carta definitiva para os ministérios. Pela primeira vez na história do Estado do Rio de Janeiro, vi as escolas se reunirem para elaborar um texto político em defesa da educação ambiental voltada para gestão ambiental participativa, como um compromisso da cidadania ativa”, discursa.

Acesse a Carta aprovada na integra:
http://cartaelos.wordpress.com/

Veja as fotos na Fan Page do Programa Elos de Cidadania:
https://www.facebook.com/elosdecidadania?ref=hl

Fonte: ComunicaSeam